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Lueji A'Nkonde monarca do Reino Lunda.Lueji A'Nkonde (Reino Lunda, c. 1635 – Reino Lunda-Chócue, c. 1670), também chamad...
04/11/2022

Lueji A'Nkonde monarca do Reino Lunda.

Lueji A'Nkonde (Reino Lunda, c. 1635 – Reino Lunda-Chócue, c. 1670), também chamada de Rueje-a-Condi, Luéji Lua Kôndi, Noeji-la-Condi ou Lweji Nkonde, foi uma monarca (Suana Murunda) do Império Lunda, que reinou no período mais próspero deste.
Lueji A'Nkonde Nascimento1635 Morte 1670 Cidadania Reino Lunda Ocupaçãor ainha

Filha do rei Condi-Iala-Macú-Matete (ou Kondi-Matete, Nkonde-Matete), nasceu possivelmente nas cercanias de 1635, sendo a terceira de quatro filhos deste monarca. Seus outros irmãos chamavam-se Quinguri-cha-Condi, Iala-cha-Condi e Calumbo-Doji. Pertencia à etnia chócue.
A linha sucessória do rei Condi-Matete previa que seu sucessor seria seu filho mais velho, Quinguri-cha-Condi. Porém, segundo a tradição oral que relata a história do Reino Lunda, este não tinha apreço pelas tradições ou mitos populares, o que irritava o pai e os Tubungo, - a aristocracia do reino da Lunda, que via nesta característica uma ameaça à sua influência. Aliado a isto, certo dia Quinguri-cha-Condi e seu irmão Iala-cha-Condi beberam e entraram nos aposentos reais, onde bateram no próprio pai, fato que motivou o seu desapreço pelo seu primogênito.
Combalido e no leito de morte após a violência sofrida, o pai, que tinha mais apreço por sua filha, decidiu não seguir a tradição sucessória, nomeando a jovem Lueji como sua sucessora. Como símbolo de seu status, recebeu o lucano (bracelete real). Era muito jovem ao assumir o reino-império, com aproximadamente 15 anos, em 1650.
Lueji, a princípio, mostrava-se uma monarca muito insegura, preferindo deliberar somente após longas consultas aos seus conselheiros. Com o passar do tempo, passou a depender menos dos conselhos da corte, tomando posição mais altiva.
Suas decisões mostravam-se muito acertadas no sentido de aumentar a produção de alimentos no reino, bem como de investir na fundição de metais, aumentando o comércio com o Reino do Congo, com o Império Português, com o Império Belga e com o Império Francês. Porém não deixou de lado o trafico de escravos.
Certo dia um caçador da tribo Luba de nome Tchibinda Ilunga roubou o Tobe, uma carne seca preparada com ervas, que os trabalhadores do reino tinham armazenado. Ele foi encontrado no dia seguinte com a carne e com um produto real, o Tombe, um hidromel que somente poderia ser consumido pela corte.
Ao trazer-lhe perante a rainha Lueji, esta decidiu mantê-lo em cativeiro em vez de o matar, possivelmente por descobrir que era chefe do clã real do reino vizinho Luba. Secretamente ela o trouxe para morar junto consigo, decidindo fazer dele seu consorte. Com ele, ela teve um filho por nome Noeji.
Ao decidir apresenta-lo como seu esposo diante da corte, houve enorme divergência, pois pelas tradições de seu povo ela jamais poderia contrair matrimônio com um estrangeiro e condenado. As divergências foram tamanhas que, pela negativa em desfazer o casamento, seus irmãos e a aristocracia ameaçaram dividir o reino.

As ameaças acabaram por ser cumpridas e o seu império, no auge dividiu-se em três reinos: Lunda-Luba (século XVII), Lunda-Chócue (século XVII, da qual continuou soberana) e Lunda-Andembo (século XVIII).
Faleceu possivelmente em 1670, vendo os lundas mergulhados numa guerra civil. Seu marido Tchibinda Ilunga e seu filho Noeji lhe substituíram no comando do reino.

Figurações da Lunda: experiência histórica e formas literárias - Um estudo sobre ethnografia e história tradicional dos povos da Lunda (expedição portuguesa ao Muantiânvua, 1884-1888).

Aguardamos o próximo capítulo...

03/11/2022

18 ERROS CAPITAIS DEIXADOS PELA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA QUE OS ANGOLANOS INSISTEM PERPETUAR :

Você conhece o significado dos nomes das 18 províncias de Angola?

Conheça agora o significado etimológico "e sua grafia correta" dos nomes das 18 províncias que compõem a República de Angola.

Se antes tínhamos a velha desculpa de que os termos em línguas nacionais são mal escritos pelo simples facto das línguas nativas de Angola não apresentarem se quer um sistema alfabético (razão pela qual se obedeceu critérios da língua colonial Portuguesa 'até hoje' por esta ter a muito um sistema alfabético). Então hoje já podemos rectificar o óbvio pelo simples facto de existir 6 línguas nacionais das seis principais línguas mais faladas em todo território nacional, que felizmente reúnem cada uma dela um sistema alfabético.

És aqui os nomes verdadeiros das 18 províncias de Angola.

1* - BENGUELA / MBENGA.
Benguela é um nome que deriva da terminologia Mbenga na língua Umbundu.
Segundo o historiador, escritor e editor Armindo Jaime Gomes : “Do étimo Mbenga, Benguela é corruptela do verbo “okuvenga” da língua umbundu; okuvengela (sujar) / okumbengela ovava (sujar-me a água), relativamente às águas estagnadas e em língua portuguesa é entendido como turvar, turvar-se, perturbar, alterar, transtornar, escurecer, embaciar, nublar, enuvear (Pe. Alves, A., 1951). Evoluído de “mbengela”, a toponímia passou a significar perda de transparência, de limpidez, de clareza, perturbação, fazer perder a razão, cobrir o céu de nuvens, situação confusa, indefinição (op. cit.). Apesar de fazer parte da onomástica planáltica, a exemplo de Katombela, Mbaka, Kakonda, Civangulula, etc., a versão popular admite que o topónimo tenha resultado da distorção linguística nos primeiros contactos entre os portugueses e Ambwi. Em vez do nome da região que se pretendia saber, os intrusos receberam a justificação da turvês das águas lacustres e fluviais.”

2* - BENGO / ICOLIBÊNGIKO. O nome Bengo deriva da terminologia icolibêngiko na língua Kimbundu, relativo a Icolo e Bengo.
Ícolo e Bengo anteriormente era um município da província do Bengo, que agora faz parte da província de Luanda. O nome Bengo deriva da terminologia Icolibengiko. Os antigos colonizadores portugueses tinham dificuldades em falar e escrever correctamente o Kimbundu. Invés de Icolibengiko eles diziam Icolo e Bengo. Icolo=Icoli, e Bengo=Bengiko.

3* - BIÉ / VYE.
A terminologia Bié deriva de Vye. A província é na verdade uma homenagem feita ao antigo Reino do Vye, também conhecido por Reino do Bié.
Bié foi um Reino que fez parte do mosaico do grupo etno-linguistico Ovimbundo. E teve como seu fundador "do Reino" o Soberano VYE, um caçador que se instalou na área de Embala de Ekovongo. Reinou sobre o Bié no ano de 1750. Segundo alguns historiadores o nome do Reino deriva do seu fundador Uye. Por dificuldade linguística o colono português invés de Uye dizia Bié.

4* - CABINDA / KIBINDA OU KABINDA.
Cabinda é um termo que deriva da língua Kibinda ou Ibinda. O Ibinda ou Kibinda é uma língua regional da província de Cabinda que anteriormente era pejorativamente chamada de língua Fiote. Fiote que significa em Português : Pequeno ou Pouquíssimo. Na verdade o Ibinda ou Kibinda (assim como as demais línguas faladas nessa província) são chamadas erroneamente de dialectos. O que não é. Do ponto de vista histórico e linguístico todas as línguas faladas em Cabinda são na verdade variantes da língua Kikongo. E todos elas são classificadas como sendo o mesmo idioma.
A origem histórica do povo de Cabinda vem do grupo etno-linguistico Kôngo. Ou seja, os Cabindenses pertencem ao grupo etno-linguístico Kôngo.
Cabinda deriva da terminologia Ibinda. Grafia correta : Ibinda, com o prefixo nominal da língua Ibinda e da língua mãe que é o Kikongo (KI e KA), que resulta em Kibinda ou Kabinda. Grafia incorreta obedecendo critérios da língua Portuguesa : Cabinda. Na língua Ibinda e Kikongo a letra "KA" é tida como um prefixo nominal, e não "CA" como está escrito em Português.

5* - CUANDO CUBANGO / KWANGO OKAVANGO. Cuando Cubango é um termo erróneo que deriva de dois nomes de Rios pertencentes a República de Angola e não só. Ou seja é uma homenagem feita a dois dos maiores Rios de Angola e de países como Botswana, Namíbia e RDCongo.
Grafia correta KWANGO. Grafia incorreta obedecendo critérios da língua Portuguesa CUANDO. Grafia correta OKAVANGO. Grafia incorreta obedecendo critérios da língua Portuguesa Cubango. O correto seria : KWANGO OKAVANGO e não CUANDO CUBANGO.
Do ponto de vista histórico, KWANGO é um Rio que nasce nas terras altas do Alto Tshikapa, na Lunda Sul, e corre na direcção Norte, servindo de fronteira com a RDCongo, acabando por entrar neste país, juntando-se ao Rio Kasai próximo da província de Bandundu, antes de desaguar no Rio Kôngo.
Já o Rio OKAVANGO é na verdade o segundo maior Rio de Angola (atrás do Rio Kwanza). O Rio Okavango é partilhado com países como Botswana e Namíbia, e obviamente Angola. De lembrar que o delta do Okavango no Botswana é considerado como o maior delta interno do mundo.

6* - CUNENE / KUNENE.
Cunene é uma homenagem feita ao Rio com o mesmo nome. Ou seja, Cunene é na verdade nome de um rio de Angola que traça parte da fronteira com a Namíbia. Uma homenagem merecida porque essa região tem sido desde o passado fustigada pelas constantes secas. Daí a homenagem ao Rio Cunene que é um dos poucos Rios permanentes nesta região árida. Grafia correta : Kunene. Grafia obedecendo critérios da língua Portuguesa : Cunene.

7* & 8* - CUANZA NORTE E CUANZA SUL / KWANZA.
Essas duas províncias receberam o nome do maior Rio de Angola (o Rio Kwanza). É no fundo uma homenagem ao maior Rio de Angola que nasce no Bié, no Planalto Central de Angola. Tem um curso de 960 km desenhado assim uma grande curva para Norte e para Oeste, antes de desaguar no Oceano Atlântico, a sul de Luanda. Grafia correta : Kwanza. Grafia obedecendo critérios da língua Portuguesa : Cuanza.

9* - HUÍLA / MU-MWÍLA.
Huíla é um nome que deriva da terminologia Mwila. Mwila também conhecidos por Mumuílas ou Mu-Mwila é um grupo étnico da região pertencente a família linguística Bantü. Os Mwila são os mais numerosos e de cujo nome o planalto e a província da Huíla derivam as suas designações. Existem de facto vários grupos nessa região ou província, mas devemos recordar que essa região pertence ao grupo etno-linguistico KhoiSan, que são por si só os primeiros habitantes desta mesma região, pese embora hoje estão reduzidos em pequenos grupos.
Grafia correta : Mwila. Grafia obedecendo critérios da língua portuguesa : Huila.

10* - HUAMBO / WAMBO.
A terminologia Huambo é uma homenagem ao Soba Wambo Kalunga.
Falar da origem do nome Huambo, é falar de Wambo Kalunga que deixou a sua terra natal para fazer história no planalto central, ou melhor, na província com o mesmo nome (Huambo). O nome do Reino do Huambo teve origem no nome do Soba Wambo Kalunga, um simples caçador do Kwanza Sul que se fixou junto às Pedras de N'Ganda La Kawhe e que casou com várias mulheres do Soba Caála. Diz a tradição do Kwanza Sul que quando morreu, o Soba Wambo Kalunga foi sepultado no meio de dois casais jovens enterrados vivos, que assim o deveriam acompanhar para o além. A história de Wambo Kalunga seja no aspecto literário como no aspecto oral, ela trás consigo sempre uma imagem narrada não tão agradável. A quem diga que não foi um soba exemplar devido a rigidez das leis tradicionais impostas e compridas por ele. O certo é que a tradição oral local, detém a versão da história sobre Wambo kalunga, desde a sua chegada ao planalto central até se tornar um ícone da região. Grafia correta obedecendo critérios da língua Umbundu: Wambo. Grafia obedecendo critérios da língua Portuguesa : Huambo.

11* - LUANDA / LWANDA / LOANDA. Existem de facto várias teorias ou histórias sobre o nome Lwanda (pra alguns Loanda ou Lowanda). Pese embora a mais próxima da verdade é a dos primeiros Povos a habitar essa região (hoje província) que são os Bakongo. O termo Lwanda deriva da língua Kikongo que significa Bater ou Ceifar em Português.
Reza a história que antes da chegada do primeiro Rei do N'dongo (o Rei N'gola Mussuri) e dos Portugueses em Luanda, Lwanda já era uma zona habitada pela guarnição da Realeza Kôngo. Sobretudo a Ilha de Lwanda que foi o local onde era concentrado os habitantes da guarda real vindos de M'banza N'soyo. O local foi durante muito tempo proprietadade do Reino do Kôngo, onde eles tiravam o principal dividendo do seu poder económico, ou seja, a ilha de Lwanda era tida na verdade como sendo o Banco do Reino Do Kôngo (onde a moeda utilizada em todo Reino era a não menos conhecida por N'zimbu). Daí a proteção da guarda real Kôngo a essa região. Diz a oralidade que os guardas (da realeza Kôngo) da ilha de Lwanda tinham a orden de não deixar entrar sobre essa região indivíduos que não fossem da realeza. E tinham como ordem "do mais alto mandatário" de matar caso alguém insistisse em desobedecer as ordens que eram interpretadas como lei. Portanto, foi a partir dessa lei criada pelo Rei onde surge o nome LWANDA, na língua Kikongo, que em Português significa BATER ou CEIFAR.
No alfabeto Kikongo o "U" é representado pela letra "W", diferente do Português que o "U" é mesmo U, e o "W" é duplo-V. Portanto, a escrita da língua portuguesa simplificou por Luanda. Grafia correta: Lwanda. Grafia obedecendo critérios da língua Portuguesa : Luanda.

12* & 13* - LUNDA / RHUNDA "Norte e Sul" . O termo Lunda provém da forma como é designada na língua Lunda, a zona de nascente de Rios com elevações (mu-rhunda). Ex: em Tchokwe pronunciam ha-ulunda ou ha-ulundama. Trata-se como vimos a região de Kalany onde esses povos convergiran para formarem o seu Reino. Anos mais tarde, uma das Rainhas dessa região, precisamente a Rainha Lweji que substituíra no poder seu pai Kondi, (o povo chamava a soberana em gesto de respeito de Swana mu-Rhunda, que significa «substituta da Rhunda». Com o evoluir do tempo, a região ou o Reino ficou conhecido por Rhunda, em língua Bungu. A escrita da língua Portuguesa simplificou por Lunda.

14* - MALANGE / MA-LANJI.
A palavra Malange deriva da língua kimbundu "ancient" que significa : As Pedras " (MA-LANJI). Malange é um nome erróneo de um dos antigos rios da região conhecido por Rio KADIANGA (o nome verdadeiro do rio).
Existem de facto vários contos acerca de Malange. Mas o conto baseado na tradição oral é tida como a oficial. Reza a história baseado na tradição oral que os colonizadores ao chegarem pela primeira vez na região de Malange, os portugueses atravessaram um rio, como na época não existiam pontes, os portugueses tinham que passar pelos rios em cima de pedras. Após atravessar o rio, os portugueses viram moradores locais. Assim, eles perguntaram qual era o nome do rio e os moradores (que não compreendiam a língua portuguesa na época) responderam "Ma-lanji Ngana" (são pedras, Senhor).

15* - NAMIBE / NAMIB. A palavra Namibe deriva da língua khoekhoegowab, e significa «lugar vasto e desolado».
O Khoekhoegowab é uma língua pertencente ao grupo etno-linguistico KhoiSan. Namib é na verdade uma homenagem feita ao deserto do Namib, localizado na província com o mesmo nome. Grafia obedecendo critérios da língua KhoiSan : Namib. Grafia obedecendo critérios da antiga língua colonial : Namibe.

16* - MOXICO / MUXIKU. O termo Moxico deriva do nome de um dos Soberanos que vivia na zona conhecida hoje por luena ou Lwena, de nome Mwa-Muxiku.
Embora actualmente se fale de Mwatxissenge como “chefe dos Tchokwe ”, outros chefes foram igualmente importantes no passado. Reza a história que quando os viajantes europeus dos fins do século XIX identificavam como igualmente importantes Ndumbo wa Tembwe(principal chefe tshokwe na época, no Ciboko), tal como Mwa-Muxiku (Mussaico ou Kinyama, em terras onde se instalou a colónia que deu origem à cidade do Lwena) e Mwatxissenge Wa Tembwe(conhecido dos viajantes europeus como kissengue) que na tradição é visto como “sobrinho” de Ndumbo, e que acabou por fixar-se no Itengo, próximo de Saurimo, hoje Lunda-Norte. Grafia obedecendo critérios da língua Tchokwe : Muxiku. Grafia obedecendo critério da língua Portuguesa : Moxico.

17* - UÍGE / WIZIDI. Uíge é uma homenagem feita a um dos Rios da província com o mesmo nome. Reza a história que durante um determinado período houve seca que afetara de gual modo a região da capital da província, baixando o caudal do Rio. Quando o caudal do rio subiu, os habitantes da região disseram Wizidi, que significa em Português Regresso. Ou seja, o Rio regressou ao seu curso normal. Daí fico conhecido por Wizidi. A escrita da língua portuguesa simplificou por Uíge.

18* - ZAIRE / NZADI.
O nome da província do Zaire é uma homenagem ao Rio Nzadi a Nkisi, vulgo, Rio Zaire conhecido também por Rio Kongo. Era o grande Rio do antigo Reino Do Kôngo. O Rio Zaire ou Rio Kongo é por si só o segundo maior rio do continente Afrikano e o sétimo do mundo, com uma extensão total de 4.700 km. É o primeiro de Afrika e o segundo do mundo em volume de água, chegando a debitar um caudal de 67.000 m³/s de água no Oceano Atlântico.
Reza a história que a mudança do nome começou após chegada acidental de Diogo Cão à foz do Rio Nzadi a Nkisi. Diogo Cão e sua caravana tinham dificuldades em falar ou pronunciar o nome do Rio Nzadi a Nkisi, e pronunciavam Zaire. Daí fico tal erro que os académicos insistem perpetuar. Portanto, Zaire é uma terminologia que deriva da palavra Nzadi. Grafia correta obedecendo critérios da língua Kikongo : Nzadi. Grafia obedecendo critérios da língua Portuguesa : Zaire.

Autoria & Narrativa de: João Niango Ngombo Kina O Mar Negro Moufty.

26/09/2022

Há muitos anos que os antropólogos submeteram ao governo a proposta do nome “Kuku” ao símbolo nacional, para substituir “Samanhonga” ( o pensador), e desta pode ser um facto garantiu Manzambi Fernando professor de Antropologia.

O professor de Antropologia Manzambi Vuvu Fernando que está à frente do projecto garantiu que, “os especialistas já preparam a nova investida e justifica a mudança por causa da peça ser um objecto de culto, que representa o espírito do ancião, guardião da sabedoria mística, na tradição cokwe” (tchokwe).

Manzambi ainda esclarece que, “o pensador original da nossa Cultura leva as mãos para as bochechas. Isto leva-nos a entender que as estatuetas com as mãos, ora na testa, ora na zona do cabelo, é apenas um exemplo do desleixo das autoridades sobre a matéria: Falta de critérios para normalizar (juridicamente) um símbolo nacional. E não pára por aí. Até o nome oficial da peça não está poupada da desordem”

Na conferência sobre Antropologias angolanas, realizada no Centro Cultural Brasil-Angola, o antropólogo explicou que o nome da nossa marca vem do erro de se confinar apenas na tradução literal do português (Pensador) para o cokwe (Samanhonga). Devia ser o contrário, mas partindo da etimologia: “Kuku”. Porque este foi o nome apresentado pelo primeiro director do museu do Dundo, José Ridinha, que investigava sobre a peça encontrada em 1936, no Chitato, a 30 minutos da cidade do Dundo.

O então responsável do acervo museológico, na verdade queria chamar o objecto de 16 centímetros de “Kaka”, que quer dizer ancião, idoso, em cokwe. De forma errada tratava-a Kuku. Entre os kyokos, o ancião ou anciã (kaka) goza de um estatuto especial. Ele é o intermediário no contacto entre os vivos e os antepassados. A ele os membros da família recorrem para se consultarem e se aconselharem sobre problemas espirituais.

Este nome parece não estar muito longe de reunir consenso, porque são já 4 grupos étnicos do país que se revêem nele, além de nas respectivas línguas destes povos Kuku significar ancião.

Professor Manzambi estuda a peça Samanhonga para tese de Mestrado. Está a preparar o material e reunir colegas e especialistas para voltar a propor ao Executivo o nome do símbolo angolano como Kuku. A primeira tentativa (frustrada) foi no tempo do Ministério da Educação e Cultura. Tempo em que ainda havia um pouco de sensibilidade sobre as nossas coisas, hábitos e costumes…

Origem duvidosa

Há uma versão da história do Pensador que ainda vai escurecer muita boa massa cinzenta de antropólogos e historiadores do país:

A versão de que Pensador não é de origem angolana, muito menos cokwe. Refere-se que a peça vem da obra do escultor francês Auguste Rodin (1840 – 1917) “Il Pensieroso”. Pasme! (nem força tenho para abrir o debate!).

Diz-se ainda que um pesquisador europeu, em trabalho no Cunene, descobriu um cesto contendo várias peças, uma delas era o pensador. O cesto tinha sido deixado (ou esquecido) pelo povo cokwe, que em excursão, procurando fixar residência, tinha passado por aquela área do sul.

Daí se explica a prática (nas Lundas) do cesto de adivinhação, o ngombo, em que o adivinho usa pequenas figuras, esculpidas em madeira, para determinar a sorte do consulente.

26/09/2022

Lunda Norte é uma província de Angola. Tem uma área de 103 760 quilómetros quadrados e a sua capital é a cidade do Dundo.
A Lunda Norte é constituída por dez municípios: Cambulo, Capenda Camulemba, Caungula, Chitato, Cuango, Cuílo, Lóvua, Lubalo, Lucapa e Xá-Muteba. Os municípios dividem-se em 25 comunas. O Lunda Norte possui uma grande indústria mineira, com especial enfoque na extração de diamantes, mas também de ouro. A Lunda Norte está limitada a norte e a leste pela República Democrática do Congo, a este com a província de Malange e a sul com a província da Lunda Sul.

26/09/2022

Vamos Fazer da Lunda Norte uma das melhores Província

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