20/12/2023
Hora de passar a limpo a redação e reescrever a história…
Quem nunca sentiu um frio na barriga, atire a primeira pedra e continue a rolar o feed em busca da mesmice nessa “igualnet” digital.
Minha história não tem nada de diferente e nem “fora da curva” só resolvi mudar de profissão na hora errada e precisei enfrentar o estranhamento, afinal uma dinossaura não sobrevive no online. Mas eu sou aquela criatura que se cair na cachoeira procurem para cima, então imaginem um ser assim empreendendo….
Em 2017 chutei o balde do jurídico e iniciei o movimento Jornada das Poderosas com a fantástica fábrica dos lançamentos. Primeira experiência, juntei 800 mulheres em 30 dias de lives, programa de rádio, grupo de whats e tal…E as vendas? N-A-D-A
Vai ver que eu não tenho posicionamento profissional e bora fazer um curso caro numa escola famozona. Agora vai. Só que não foi. Contrata agência, faz site, mexe em todas as minhas redes, numa época em que pouco se ouvia falar em atendimentos terapêuticos e empreendedorismo feminino a coisa tomou ares profissionais.
A promessa de 10k se cumpriu de modo inverso. Dez mil reais mais pobre, quatro meses depois a “Amoriza Consultoria” começa a receber chamadas e eu só tinha uma certeza de uma coisa: estava tudo errado e a responsável era eu. Olhava para o meu negócio e não encontrava a minha cara nele. Baixei o CNPJ e fui estudar, aluna aplicada fazia três cursos por vez até me fechar na bolha digital e perceber o perigo dessa “igualnet”.
Foram 5 anos [2018/2022] assistindo de tudo, de workshop gratuito até mentoria de 24 mil. Cada vez pior, quanto mais tentava entender onde estava errando mais parecia qe faltava aprender algo. O tunelamento me sugava, estava encapsulada, entupida de cursos, perdi minha identidade, só repetia a fala dos gurus…e estudava…e queria estudar mais… faltava alguma coisa ainda. Com uma parede inteira de certificados e a carteira vazia.
Mais de 200 mil de dívidas, com fome e humilhada, esse ciclo durou meses. Eu girava, girava e não conseguia sair do torvelinho achando que não tinha entendido alguma coisa e voltava assistir mais um pouco daquele curso que já estava pago afinal. Pensava em desistir de empreender no online….
Então caía na realidade e via que se era para desistir eu tinha desistido lá atrás quando não tinha ônibus para voltar da faculdade, sem carro, sem janta, abaixo de chuva terminei o 2º grau, depois advogada. Para quem saiu de casa com uma mão na frente outra atrás, se era para desistir tinha que ser antes disso. Agora não iria voltar atrás e caminhar tudo de novo, não tinha mais essa de voltar ou desistir, com 50 anos não daria tempo.
Então chamei no whatsapp de uma pessoa próxima e fiz algo muito difícil: pedi ajuda. Era uma quinta-feira fim de tarde e havia surgido trabalho presencial numa cidade vizinha, porém eu não tinha nem para a passagem. Havia dias que a geladeira estava desligada e os armários abertos. Prontamente essa pessoa retirou de suas necessidades [que não são poucas] e me alcançou o suficiente para iniciar. Pagou a passagem, matou a minha fome, acalmou as caraminholas da minha cabeça, repetiu incansavelmente que eu era um poço de conhecimento transbordante e iria dar show liderando a equipe. sabe lá quanto chimarrão foi necessário para desobstruir a garganta apertada de pânico. volta e meia chamava pela manhã para saber se tinha chegado no trabalho e também desenhou no caderninho e mandou no whats quando minha mente embolou me ajudou a desenrolar o emaranhado e passar a estratégia para a equipe. De merecimento restaurado e me comunicando bem melhor consegui passar a limpo o rascunho do aprendizado.
Eu era uma vítima, poderia ter usado a desculpa de ser longe, não ter carro e continuar me vitimizado, voltar a advogar, prestar outro concurso e insistir na zona de conforto.Precisei abaixar a cabeça e admitir que estava esquecendo do mais básico que é FAZER.
E quando comecei a fazer não ficou bom, mas tinha a minha cara, comunicava a minha mensagem, dizia aquilo que eu queria dizer.
E foi assim que nasceu a estrategista que estou hoje, foi revendo as anotações, testando e ajustando, fui alinhados explicando o mais simples possível e pegando pela mão quem está perdido no meio desse nevoeiro digital e cá estou eu, a estrategista de pequenos negócios que já levou esse passo a passo simples Brasil afora.
Eu, meu chimarrão e o passo a passo guiado pela história, assim, coloco a serviço de pequenas empresas um produto incopiável, uma estratégia de venda personalizada feita sob medida e construída ligando todos os pontos da trajetória.
Hoje sou estrategista de negócios e ajudo mulheres a empreender valorizando sua realidade de vida e superação. É o Marketing com História.