31/05/2022
Uma escassez global de gás hélio pode acabar com seu uso em balões para decoração em eventos. Vamos entender melhor essa situação?
O gás hélio é um recurso natural não renovável, extraído de reservas rochosas que não existem no Brasil. É muito utilizado pela indústria de decoração na confecção de arranjos, já que suas propriedades fazem os balões flutuarem.
Há alguns anos, porém, profissionais do setor de eventos têm encontrado, eventualmente, dificuldade para adquirir o produto, o que também faz o preço subir. Exemplo recente desse cenário aconteceu nos Estados Unidos.
O time de futebol americano Nebraska Cornhuskers teve que, pela primeira vez, interromper a distribuição dos seus tradicionais balões vermelhos em seu estádio, o Memorial Stadium, porque a universidade que abriga a equipe solicitou que o gás hélio usado nessa iniciativa fosse destinado para fins médicos.
Sim, o produto é muito importante em equipamentos de laboratório, tanques de oxigênio e máquinas de ressonância magnética. Mas não só na área de saúde ele é fundamental. O hélio também é usado em airbags e no combustível de foguetes, entre outros itens.
Outro caso vindo dos EUA: o Serviço Nacional de Meteorologia também está enfrentando escassez nos principais gases que usa para encher balões meteorológicos, tendo que limitar seus lançamentos.
Portanto, os profissionais de eventos que não pretendem abrir mão de seus arranjos com balões flutuantes devem estar preparados para, num futuro não muito distante, pensar em alternativas ao gás hélio.
E atenção: nada de apelar para uma mistura caseira conhecida como gás bomba, que produz um gás com efeito parecido nos balões, mas é extremamente perigosa!