03/10/2017
Prontos pra um amor de cinema?
Escrevo com tinta feita de sonhos e, entre linhas imprecisas, mancho a página com lágrimas. Aspiro ar, sinto somente amor nos pulmões.
Quero falar do Joelynton e da Laís. Quero falar da troca de olhares mais sincera que vi na vida, do abraço mais gostoso, das palavras mais doces e do amor mais escarlate deste planeta azul. Quero contar sobre como eles se conheceram, ainda crianças, na FEPE, a Fundação Ecumênica de Proteção ao Excepcional, e como chegaram até este primeiro de outubro tão bonito e iluminado. Quero falar sobre ser diferente e também sobre ser igual. Quero falar sobre ser bonito por dentro e por fora o tempo todo.
Lá se vão mais de duas décadas desde que ele se encontraram na FEPE. O diagnóstico da Síndrome de Down, que anos antes chegara às duas famílias, encontrou pessoas (ainda) alheias a esta alteração cromossômica. Famílias simples, de gente trabalhadora, de suor no rosto e cabeça erguida. Lá foram Dona Julita e Dona Maria das Graças bater - bater perna, bater boca, bater com a cara na porta. Um sem número de vezes. Deram de bater até de frente com uma tal câmara de vereadores, onde encontraram gente que, antes, viam somente de quatro em quatro anos estampando os santinhos que varriam da calçada de casa. De tanto bater e apanhar foram premiadas com uma instituição cheia de gente séria e dedicada, que deu aos jovens Joelynton e Laís a chance da vida normal que todos fazem jus quando vêm ao mundo.
Faz oito anos que o Jô e a Laís começaram uma troca de olhares dentro da escola que fez os professores convidarem as mães para uma conversa. “Olha, mãe, a escola não permite relacionamento entre alunos e parece estar acontecendo alguma coisa entre o Joelynton e a Laís”. Era tarde. O olho no olho, as conversas e as gentilezas constantes do Jô por sua donzela denunciavam – o amor já tinha acontecido há tempos. Força imparável. O caminhar das ondas no mar, o vento a soprar, o rio sem fim. Imparável.
Eles são casados há quase sete anos, ‘papel passado e tudo’, contaram. Contaram também que faltava aquele dia sonhado, o vestido branco, o príncipe trajado, o cortejo e os galanteios que um casamento traz. Faltava – não falta mais.
Conheci a história deles no começo do ano e há três meses nossos amigos Marcio Macedo e Lewis Londono embarcaram nesta jornada conosco, e ainda nos apresentaram a Lucimara, um anjo que não poupou qualquer esforço e trabalhou mais que todos nós para este casamento. E anjos, meus amigos, dificilmente andam sozinhos. Um time inteiro se reuniu para realizar este momento como um presente a este casal e suas famílias. Eles doaram seus trabalhos, seus serviços, e ainda assumiram todo o custo de produtos, em uma grande corrente. Até por isso, faço questão de listar os nomes de todos os profissionais e empresas que nos apoiaram. Em breve sairá o filme da Elaine Fagundes e vocês vão conhecer um pouco mais desta história de cinema.
Viva o amor, viva aquilo que nos une, viva o Joelynton e a Laís!
Espaço Luar Sagrado
Produção e cerimonial: LBalmant Eventos ( Lucimara, Débora e Larissa Balmant Cruzeiro)
Decoração: Lewis Londono
Coreografia Noivos: Michel Alves
Bolo e doces: Chocobanana's
Cabelo e Maquiagem noiva: Elis Ortigoza
Música cerimônia e acústico almoço: Praticum Músicos Associados
Buffet: Juan Perez Buffet
Trajes: Sofistique locações de trajes
Foto: Agnaldo Teixeira
Vídeo: Elaine Fagundes
Celebrante: Felix Calderaro