Salitre Coletivo

Salitre Coletivo Coletivo artístico multidisciplinar de Espinho. https://linktr.ee/salitre.coletivo Queremos preencher esse vazio.

A Salitre é um coletivo multidisciplinar, constituído por músicos, produtores, designers e pessoas interessadas por várias expressões artísticas e culturais. Surgimos de um vazio sentido devido à falta de experiências relacionadas com a cultura alternativa em Espinho. Um vazio que foi afastando aqueles que se interessam por uma cultura criativa, contemporânea e espontânea. Tendo ligação ao circuit

o da música alternativa, ao cinema, teatro, ilustração e design, sabemos que muitos têm interesse em apresentar-se na cidade para mostrar os seus projectos. Queremos dar voz, espaço e corpo a estes artistas, promovendo intercâmbios, abrindo caminhos e originando novas dinâmicas na cidade. Reconhecemos as diversas expressões musicais e artísticas, acreditando que a sua partilha e exposição é o primeiro passo para despertar a consciência das pessoas e fazê-las felizes. Através de uma programação diversificada, queremos trazer talento externo e criar pontes com o talento local, desenvolvendo assim uma nova plataforma de criação coletiva.

Em 2025 queremos mais concertos e convívios como os que tivemos na última Salitre de dezembro. Os concertos de  e .muert...
02/01/2025

Em 2025 queremos mais concertos e convívios como os que tivemos na última Salitre de dezembro. Os concertos de e .muerto foram os últimos do ano mas já estamos a planear os de 2025. Venham eles! 💥

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A última Salitre do ano recebeu os .muerto e os  e a seleção musical da .jpg 🤘 foi intenso, suado e memorável 🔥 Agradece...
30/12/2024

A última Salitre do ano recebeu os .muerto e os e a seleção musical da .jpg 🤘 foi intenso, suado e memorável 🔥 Agradecemos a todes que testemunharam mais uma edição da Salitre e que nos ajudaram a fazer isto acontecer. Em 2025 cá estaremos com a mesma energia e ganas criativas.

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O Salitre na Praça uniu diversos interesses e objetivos: a componente artística (com a música, ilustração, cerâmica, art...
19/12/2024

O Salitre na Praça uniu diversos interesses e objetivos: a componente artística (com a música, ilustração, cerâmica, artesanato, pintura e outras); a componente sustentável (com o mercado de segunda mão) e a componente tradicional (aliando os vendedores locais da própria Praça).

Na sua primeira edição, no local histórico do Mercado Municipal de Espinho, sentimos que o Salitre na Praça foi uma aposta vencedora pela vida e alma levou ao local, contagiando as pessoas que visitaram o evento.

Queremos agradecer especialmente aos vendedores tradicionais do Mercado, que abraçaram a iniciativa e que têm neles uma resiliência que admiramos. Agradecemos também a todos os vendedores e artistas que estiveram connosco e à Junta de Freguesia de Espinho que aceitou a ideia e esteve ao nosso lado desde o início.

Esperamos voltar ao mesmo local em breve! Quem concorda com esta ideia?

SALITRE  #11 - DAZEDPartindo de influências vindas dos quatro cantos do ‘roqueirrole’, o DJ set de .jpg (Regina Faria, m...
18/12/2024

SALITRE #11 - DAZED
Partindo de influências vindas dos quatro cantos do ‘roqueirrole’, o DJ set de .jpg (Regina Faria, membro do coletivo) é um convite a uma viagem que atravessa guitarras vibrantes, sintetizadores hipnotizantes e batidas intensas - com paragem obrigatória pelos submundos do post-punk e EBM. A proposta passa por trazer à pista uma fusão de momentos introspetivos e eletrizantes, num jogo de luz e sombra pintado harmoniosamente.

Salitre #11 - 20/04 - Doo Bop - 22:30
🎟️ Bilhetes: 4 salitres em pré-venda ou 6 salitres à porta.
Pré-venda por mensagem privada.

SALITRE  #11 - CARIÑO MU**TOmuerto é um trio formado por Lorena Sequeyro na voz, sintetizador e theremin; Eduardo Alves ...
18/12/2024

SALITRE #11 - CARIÑO MU**TOmuerto é um trio formado por Lorena Sequeyro na voz, sintetizador e theremin; Eduardo Alves no sintetizador e percussão electrónica; e João Delicado na guitarra. Formaram-se em 2019, após a vinda de Lorena Sequeyro do México para Portugal, e algum tempo depois gravaram o EP de estreia La Gran Virtud Del Peligro. Movidos por ondas sonoras difíceis de catalogar e com uma carismática presença em palco suportada ao vivo pelos visuais de Lorena Sequeyro, têm tanto da movida madrilena dos 80’s como da eletrónica e experimentalismo de uns Su***de, do minimalismo de uns Young Marble Giants ou até dos ritmos sul-americanos da cúmbia.

Salitre #11 - 20/04 - Doo Bop - 22:30
🎟️ Bilhetes: 4 salitres em pré-venda ou 6 salitres à porta.
Pré-venda por mensagem privada.

SALITRE  #11 - 800 GONDOMAROs  são um trio de garage-punk-noise-rock, composto por três vozes, guitarra, baixo e bateri...
16/12/2024

SALITRE #11 - 800 GONDOMAR
Os são um trio de garage-punk-noise-rock, composto por três vozes, guitarra, baixo e bateria. A performance é geralmente alta, barulhenta, vivendo também de elementos sonoros que contrariam as regras, como os feedbacks, e do aproveitamento de todo o espaço físico do palco. No último álbum, São Gunão, expandiram o seu universo, refinando-o através de incursões a outros cantos do seu espectro e da maior maturidade lírica, sem perder o ADN da banda: a irrepreensível acutilância com que discorrem sobre os temas que marcam os nossos dias, da habitação aos dilemas da sociedade digital.

Salitre #11 - 20/04 - Doo Bop - 22:30
🎟️ Bilhetes: 4 salitres em pré-venda ou 6 salitres à porta.
Pré-venda por mensagem privada.

Amanhã é dia de SALITRE NA PRAÇA!Estaremos no Mercado Municipal de Espinho com 28 projectos e vendedores de diversas áre...
13/12/2024

Amanhã é dia de SALITRE NA PRAÇA!
Estaremos no Mercado Municipal de Espinho com 28 projectos e vendedores de diversas áreas entre as 10:00 e as 19:00. O concerto de Paul Oak será pelas 16:00 e tanto antes como depois haverá música com DJs convidados. Esperamos por vocês! ✨

‼️MANIFESTO PELA RUA - um comunicado à Câmara Municipal de Espinho‼️A rua, a praça, o bairro: os lugares por onde andamo...
12/12/2024

‼️MANIFESTO PELA RUA - um comunicado à Câmara Municipal de Espinho‼️

A rua, a praça, o bairro: os lugares por onde andamos, crescemos e partilhamos vivências. Lugares que sem a comunidade não existiam, que são feitos por nós e para nós.

Este manifesto, criado face a uma série de murais pintados em Espinho, irá debruçar-se
no vício de um sistema incapaz de fazer uma leitura isenta, profissional e diversificada na seleção de artistas e conteúdos para o que é exposto na cidade. O que acontece quando estes lugares são apropriados, vendidos e despidos do seu lado humano que é tão fulcral para a sua existência?

Recentemente, foi feito um mural onde vemos retratados quatro personagens da Disney: Mickey, Minnie, Pluto e Pateta, num cenário de Natal. Este mural foi pintado pelo artista Bruno Nek, autor de vários murais desenvolvidos no último ano na Avenida 8 (e não só), e todos encomendados pela Câmara Municipal de Espinho (CME).

Enquanto coletivo de artistas, não conseguimos ficar indiferentes ao que este mural representa e reflete acerca do estado da arte e da cultura na nossa cidade. Uma pintura de personagens que não são originais do artista e nada dizem a Espinho. Um mural com uma temática sazonal, com prazo de validade de menos de 30 dias, tal como o papel de embrulho que acaba no lixo. Uma obra impessoal, que quase passaria por um cartaz publicitário, numa zona da cidade tão frequentada.

A arte urbana é uma forma de educação visual.

O encontro com o objeto artístico num lugar acessível a todos estimula o interesse pela arte
e é decisivo na literacia artística da população. É urgente a autarquia promover um diálogo construtivo com a comunidade artística, de forma a sensibilizar quem toma estas decisões. Só assim caminharemos para uma cidade valorizada e democrática.
O Coletivo Salitre, nos últimos dois anos, teve a oportunidade de conhecer e trabalhar com dezenas de artistas visuais, cada um com a sua linguagem, temáticas e vidas distintas, e tornou-se evidente a precariedade enfrentada pela maioria devido à falta de oportunidades de emprego e desvalorização do seu trabalho. Assistimos constantemente a artistas a desistir dos seus projetos e carreiras, porque quem elegemos e financiamos recusa-se a investir de volta na população.

Testemunhamos este ciclo tão presente nas instituições municipais, que falham no investimento da diversidade artística e privilegiam o conforto de contratar quem já conhecem. O Coletivo Salitre surgiu exatamente dessa necessidade de luta, para demonstrar que há bons motivos para sermos vistos e ouvidos, numa cidade que nos ignora e tem uma clara preferência por soluções preguiçosas, fáceis e repetitivas.

Gostaríamos de ter respostas da CME às seguintes questões:

O que motivou, do ponto de vista cultural, artístico e urbanístico, o investimento no mural natalício?
Os direitos de autor para utilização das personagens foram tidos em conta ou, tal como aconteceu com a artista local Mariana Crisóstomo, optou-se pelo plágio?
Por que razão continua a ser convocado sempre o mesmo artista para a produção dos diversos murais, com dezenas de artistas locais igualmente capazes?
Que conhecimentos especializados em arte urbana, design e/ou ilustração permitiram aos responsáveis autárquicos validar estas obras?
Porque razão a comunidade artística não foi envolvida neste processo? Houve falta de maturidade política da CME?

No nosso entender, a CME preferiu a entropia de uma só visão, sem olhar para o futuro, nem para a comunidade. Uma decisão unilateral, sem dó por artistas e agentes da cultura que investem o seu tempo a estudar o que é uma ferramenta ancestral da humanidade - a Arte.

O que concluímos é que só se valorizou a arte da inércia, da preguiça, do facilitismo e do amadorismo.

Queremos reconhecimento para todos os artistas locais, tão diversos e capazes, mas que sofrem com a monopolização destas oportunidades de trabalho, fruto da gritante falta de conhecimento, cultura, visão e responsabilidade por parte de quem tem poder. Queremos enriquecer a cidade artisticamente, culturalmente, pedagogicamente e emocionalmente. Queremos Espinho com mais alma e menos produto. Queremos respeito.

Merecemos respeito.

Município de Espinho

Estes são 22 projectos que estarão presentes no super Mercado das Artes integrado no evento SALITRE NA PRAÇA, a acontece...
04/12/2024

Estes são 22 projectos que estarão presentes no super Mercado das Artes integrado no evento SALITRE NA PRAÇA, a acontecer dia 14 de Dezembro no Mercado Municipal de Espinho! Artigos de ilustração, fotografia, moda, acessórios, decoração, pintura, artesanato e cerâmica estarão disponíveis e podem ser aquela prenda perfeita para oferecer no Natal.

Além destas bancas, haverá também bancas de roupa em segunda mão e música durante todo o dia. Esperamo-vos lá, entre as 10:00 e as 19:00!🎄

Parte 2/2 de Fotos Que Não Podem Ficar No Baú Ao longo dos últimos meses celebramos o nosso segundo aniversário (e não s...
28/11/2024

Parte 2/2 de Fotos Que Não Podem Ficar No Baú

Ao longo dos últimos meses celebramos o nosso segundo aniversário (e não só) com um programa extraordinário 🌪️ Tivemos concertos de Máquina, Dead Club, Blanche Biau, Neta Polturak, Gonkallo, Mr. Gallini, Mau Olhado, Claiana, Carmen e DJ sets de A Boy Named Sue, Linet, Quantum Eraser, Riscas, Flux, Beja, Baile Atlântico e Selva-Selva. 🥂 Fizemos um flash tattoo com o Insurrecto, Girl Gag e Neuromantic, um Mercado das Artes e uma infernal festa de Halloween. ☠️

Tudo bons motivos para vermos os incríveis registos do bruxo

Parte 1/2 de Fotos Que Não Podem Ficar No Baú Ao longo dos últimos meses celebramos o nosso segundo aniversário (e não s...
27/11/2024

Parte 1/2 de Fotos Que Não Podem Ficar No Baú

Ao longo dos últimos meses celebramos o nosso segundo aniversário (e não só) com um programa extraordinário 🌪️ Tivemos concertos de Máquina, Dead Club, Blanche Biau, Neta Polturak, Gonkallo, Mr. Gallini, Mau Olhado, Claiana, Carmen e DJ sets de A Boy Named Sue, Linet, Quantum Eraser, Riscas, Flux, Beja, Baile Atlântico e Selva-Selva. 🥂 Fizemos um flash tattoo com o Insurrecto, Girl Gag e Neuromantic e uma infernal festa de Halloween. ☠️

Tudo bons motivos para vermos os incríveis registos do bruxo

Queres saber mais sobre os Mercados do SALITRE NA PRAÇA?🎨 O Mercado das Artes é o epicentro da expressão cultural e artí...
18/11/2024

Queres saber mais sobre os Mercados do SALITRE NA PRAÇA?

🎨 O Mercado das Artes é o epicentro da expressão cultural e artística, criando um espaço onde criativos e marcas locais se encontram para expor e vender as suas criações. É um ponto de encontro, de diálogo e de inspiração, onde o público pode ver o trabalho de artistas independentes e comprar as suas prendas de Natal (e não só) de uma forma consciente, apoiando o talento local.
Se tiveres um projecto ou marca e quiseres participar, clica neste link e increve-te: https://forms.gle/Lhc756tt3s9KqhM89

👕No Mercado 2ª Mão, o foco é a moda sustentável e a economia circular. Este mercado é uma oportunidade única para quem procura renovar o seu guarda-roupa, promovendo a reutilização e o combate ao desperdício têxtil. Aqui celebramos o reaproveitamento, com vendedores e projetos comprometidos em reduzir o impacto ambiental da moda e em sensibilizar para um consumo mais responsável.
Se tiveres roupa, calçado ou acessórios em 2ª mão para vender, clica neste link e increve-te: https://forms.gle/1cHYvNLnq1vHJpqy7

➤ As inscrições para ambos os mercados estão abertas até dia 20 de Novembro.

Boa sorte! ✨

O SALITRE NA PRAÇA leva criatividade e sustentabilidade ao Mercado Municipal de Espinho. No dia 14 de dezembro, entre as...
15/11/2024

O SALITRE NA PRAÇA leva criatividade e sustentabilidade ao Mercado Municipal de Espinho. No dia 14 de dezembro, entre as 10h e as 19h, esta iniciativa reunirá os nossos dois mercados: o Mercado das Artes e o Mercado 2ª Mão.

🎨 O Mercado das Artes é o epicentro da expressão cultural e artística, criando um espaço onde criativos e marcas locais se encontram para expor e vender as suas criações. É um ponto de encontro, de diálogo e de inspiração, onde o público pode ver o trabalho de artistas independentes e comprar as suas prendas de Natal (e não só) de uma forma consciente, apoiando o talento local.

👕No Mercado 2ª Mão, o foco é a moda sustentável e a economia circular. Este mercado é uma oportunidade única para quem procura renovar o seu guarda-roupa, promovendo a reutilização e o combate ao desperdício têxtil. Aqui celebramos o reaproveitamento, com vendedores e projetos comprometidos em reduzir o impacto ambiental da moda e em sensibilizar para um consumo mais responsável.

Além das bancas, o SALITRE NA PRAÇA terá uma programação musical, com um concerto e DJ Sets ao longo do dia, proporcionando um ambiente festivo e dinâmico. Para completar a experiência, uma banquinha de comes e bebes estará disponível.

➤ As inscrições para ambos os mercados estão abertas até dia 20 de Novembro.
➤ Para te candidatares, vai ao link na nossa bio.

A entrada no evento é livre! Visita-nos! ✨

Design: Ricardo Riscas

Salitre 🤖  Os  voltaram a unir o krautrock, o industrial e o EBM numa habitual parede de som que arrebentou com as colun...
08/11/2024

Salitre 🤖

Os voltaram a unir o krautrock, o industrial e o EBM numa habitual parede de som que arrebentou com as colunas do Doo Bop logo ao primeiro tema. RIP colunas!
Uma banda única com uma linguagem universal que une dos mais snobs dos roqueiros aos casuais da música electrónica.

Lets que Lets! 🤘😘

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O Coletivo Salitre e o  juntaram-se em Espinho para uma noite intensa de música. Os ventos de leste trouxeram-nos da Ale...
07/11/2024

O Coletivo Salitre e o juntaram-se em Espinho para uma noite intensa de música.

Os ventos de leste trouxeram-nos da Alemanha, e , músicas com backgrounds distintos mas que se apresentaram em palco de forma semelhante - a solo, com guitarra, efeitos e melodias sonhadoras.
Neta Polturak mostrou canções com um carácter rebelde e irrequieto num jogo melódico penetrante. Já Blanche Biau invocou um espírito melancólico revelando a cada tema novos focos de dark wave contagiante, embalando o público para alguns passos de dança.
A noite continuou com os incríveis Máquina e o DJ set de Ricardo Riscas.

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A noite mais aterradora do ano atingiu o coletivo mais santo e puro do planeta. Fomos amaldiçoados com música muito alta...
04/11/2024

A noite mais aterradora do ano atingiu o coletivo mais santo e puro do planeta. Fomos amaldiçoados com música muito alta e pessoas a dançar de forma descontrolada e desobediente. Atirem-nos água benta 💦

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NA PALESTINA NUNCA MUDA NADA🇵🇸Na senda de outros eventos, voltamos espalhar poesia e pensamento pelos recantos do Doo Bo...
27/10/2024

NA PALESTINA NUNCA MUDA NADA🇵🇸

Na senda de outros eventos, voltamos espalhar poesia e pensamento pelos recantos do Doo Bop. No entanto, desta feita e pela primeira vez, com um mote específico.
Desde 7/10/23, o Estado etno-colonial de Israel provocou a morte de mais de 40 mil pessoas só na Faixa de Gaza (estimativas validadas pela ONU) - 2% da população. O que vem sendo propagandeado como “luta contra o terrorismo” (desde 11/9/2001 a cassete é a mesma), já se estende ao Líbano, Iémen e Irão. Invasões a Estados soberanos são reconfiguradas pelos media ocidentais como “incursões terrestres” ou “combate ao anti-semitismo”.

De que interessa isto quando estamos num bar de Espinho a 4 mil km de Gaza? Efetivamente, não interessa para nada. O sistema de pseudo-politização apolítica em que vivemos no Norte Global remete os seus cidadãos a um regime confinado à construção de símbolos, com o propósito de maquilhar de democracia representativa a total impotência em matéria de política externa.

Por isso, quando o João subiu a palco para ler alguma da poesia palestiniana do século XXI traduzida para português, isso não salvou nenhum palestiniano, libanês ou iemenita. Provavelmente nem salvou muitos dos presentes do seu hedonismo alienante - afinal, “toda a diversão tem um preço a pagar”. No Ocidente armado até aos dentes, o preço quando não queremos saber é “apenas” o da irrisória tomada de consciência da nossa própria irrelevância a que (em parte) nos submetemos. Irrelevância essa, hoje, só evadida através da performance espetacular - último reduto da pseudo-politização das nossas miseráveis existências. Mas não nos iludamos quanto à eternidade deste pacto de paz. O preço pode vir a subir: como diz Martin Niemöller, “primeiro levaram os socialistas, mas eu não me importei porque não era socialista”. O bumerangue imperial, proposto por Aimé Césaire, explica que a colonização tende a virar-se contra os próprios cidadãos do império, numa escalada de poder infinita, niilista e auto-destrutiva.

Sendo o preço a pagar (por agora) meramente mental, e sendo o símbolo esse último reduto que nos separa da barbárie, ainda assim, vale mais um símbolo do que um encolher de ombros.

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