NEW BOUNDARIES
Durante toda a história da humanidade o meio, o local, a cultura em que o criador estava inserido influenciou o seu processo criativo. A distância foi um factor primordial para que múltiplas correntes estéticas surgissem identif**ando de forma bastante precisa quem as tinhas criado e sendo fácil criar relações lineares entre uma corrente estética e o local de criação. Porém a vont
ade humana de explorar, conquistar fez com que desde sempre houvesse algumas pontes entre culturas. Esse intercâmbio de culturas têm como resultado a criação de híbridos que partindo da partilha de linguagem crescem para novas formas estéticas. Portugal teve um papel fundamental nesse “novo” criar de linguagens desde o século XV. Mesmo que as razões não fossem as mais dignas a deslocação dos escravos e a noção natural do “ritmo” da cultura africana para as Américas levou à criação de vários subgéneros que ainda hoje têm um papel fulcral na música popular. Com o advento dos transportes e mais recentemente das novas tecnologias de informação assistimos a uma nova era do processo criativo. Ao invés do passado onde a identidade cultural passava de geração para geração e o processo de criação era lento o acesso às novas ferramentas tecnológicas permitem por um lado a exploração “do it yourself” (DIY) por parte dos artistas assim como a partilha em tempo real de informação. Após a viragem para o novo milénio estas mudanças foram tão signif**ativas que alteraram de forma radical toda a indústria musical criada no século XX. A partilha de informação tornou-se instantânea sendo possível aos artistas/criadores trabalhar em plataformas de colaboração imediata e em tempo real não sendo a distância um factor relevante. Por outro lado a massif**ação tecnológica permite que não seja necessária toda uma infra-estrutura “pesada” para que seja possível a concretização do processo criativo. Como resulta assistimos a uma miscigenação das culturas sendo possível encontrar várias identidades culturais dentro da obra um artista. Em última análise as fronteiras do passado entre os criadores estão actualmente derrubadas sendo estes apenas confrontados com a sua criatividade. LOST CITY
O projecto “New Boundaries” quer mostrar parte desta nova cultura sempre em mutação. Para isso propõe-se a realizar várias acções ao longo do ano de 2012. De forma essencial terá duas vertentes principais: a actuação/mostra do trabalho dos artistas e partilha destes das suas ferramentas e processo criativo com a cidade. A par do evento será realizado uma serie de workshop/masterclasses com os artistas convidados de forma a permitir que os artistas partilhem o seu “know-how” com a população, quer seja a nível de criação ou tecnologia utilizada. Será tentada uma serie de parcerias com empresas que desenvolvem o hardware/software utilizado nas novas linguagens artísticas. A decorrer durante o período férias da Páscoa o projecto “New Boundaries”atrairá ao seu programa grande parte da população juvenil da área de Guimarães não só como espectadores mas também como parte integrante do mesmo. Ocupando os workshops vários locais reabilitados no âmbito de Guimarães Capital da Cultura. Já a Masterclass e Evento nocturno contam atrair para além dos primeiros também pessoas um pouco de todo o país e também Galiza devido aos nomes de grande prestígio que pretende convidar.
