Carnaval Mealhada

Carnaval Mealhada Página oficial do Carnaval na Mealhada. (Associação do Carnaval da Bairrada) Era este, essencialmente o Carnaval. Depois foram os festejos de 1957 e 1958. Sr.

Algum Historial do Carnaval da Mealhada:

À semelhança do que acontecia em outras terras bairradinas, o Carnaval não passava despercebido entre as gentes do Concelho da Mealhada. Vivem ainda algumas pessoas, embora já com idade avançada, recordando com saudades os Entrudos do seu tempo de infância ou juventude, com as rusgas de mascarados, as engenhocas partidas de Carnaval, os jogos próprios da q

uadra carnavalesca, exibidas por foliões nas ruas e nos bailes, as cartas anónimas com brincalhonas declarações de amor e os apupos nocturnos e os entremezes de rua como formas de crítica a situações sociais e comportamentos pessoais menos aceitáveis para todos os padrões da época. Não falta também quem se lembre, pelo menos na Mealhada e em Sernadelo, da Festa do Galo, na manhã de Domingo Gordo, que consiste num desfile dos alunos de cada escola ou de cada turma até à casa da sua professora ou do seu professor para lhe oferecerem um galo. Esse galo era transportado num pequeno carro, muitas vezes construído expressamente para o efeito, engalanado com serpentinas e flores de mimosa. A pouco e pouco, a tradição foi cedendo lugar à modernidade e ás formas de viver o Carnaval. Primeiro, segundo informações do Dr. Breda Carvalho, surgiu um cortejo carnavalesco em 1914, na Mealhada. Em 1957, com um pequeno cortejo carnavalesco em que a principal componente era o grupo dos Escoceses e um desafio de futebol cómico entre os ditos Escoceses e jogadores do Grupo Desportiva da Mealhada. Em 1958, com outro pequeno cortejo e uma garraiada cómica, em praça de touros desmontável, dentro do campo de futebol da Mealhada. Como estrela destas festas o Exmo. António José de Oliveira, o Macaca, que foi o líder dos Escoceses, em 1957, e palhaço – toureiro na garraiada de 1958. Em 1970, um pequeno grupo de mordomos da festa de Santa Ana, com Luís Marques à cabeça, deliberou organizar na Vila da Mealhada uns festejos de Carnaval modernos, de grande envergadura, à semelhança do que então se fazia em Ovar. Constariam esses festejos da chegada do rei, de garraiada cómica e baile nocturno, no Domingo Magro, e de cortejos e bailes no Domingo Gordo e na Terça – feira de Entrudo. Como atractivo principal da festa foi garantida a participação de grande parte dos Estudantes Brasileiros da Universidade de Coimbra, com os seus ritmos de Samba. A população da Mealhada aderiu à ideia e os festejos fizeram-se. No Domingo e na Terça – Feira de Entrudo de 1971, respectivamente nos dias 21 e 23 de Fevereiro, a Vila da Mealhada encheu-se de gente, vinda de todo o lado para ver os cortejos. Os Índios do Macacu, com o já referido António José de Oliveira, ou Macaca, como era conhecido deliciaram a assistência com os seus carros alegóricos, cómicos ou de critica e os brasileiros magnetizaram novos e velhos, com o seu samba, nos cortejos e bailes. Estava demonstrado que o Carnaval da Mealhada tinha pernas para andar. E andar, melhorando de ano para o ano, até 1975. Absorvidos pelas tarefas locais do processo de transformação política iniciado com a resolução do 25 de Abril de 1974, a maior parte dos membros da Comissão do Carnaval ficou sem tempo livre para a organização dos festejos carnavalescos. Por isso estes não se realizaram em 1976 e 1977. Ressurgiram em 1978, novamente com Luís Marques à cabeça, mas com algumas diferenças em relação às edições anteriores. Os estudantes brasileiros deixaram de frequentar a Universidade de Coimbra e, como consequência obviamente não puderam mais participar nos festejos carnavalescos da Mealhada. Em sua substituição formaram-se alguns grupo de samba Mealhadenses, incipientes ainda, é certo, mas já, com a noção do essencial da técnica, da dinâmica e do espírito de samba. Foi também neste ano que se acrescentou aos cortejos de Domingo e Terça-feira de Entrudo a chamada Festa do Vinho, com distribuição gratuita desta bebida aos espectadores dos cortejos, e foi rei do Carnaval, pela primeira vez, um actor de uma telenovela brasileira. Esse actor era Jaime Barcelos O Dr. Ezequiel, da telenovela Gabriela, em exibição no canal um da RTP. Como bom bebedor e folgazão a figura do Dr. Ezequiel adequava-se perfeitamente ao Carnaval da Bairrada e à festa do vinho que dele fazia parte. O sucesso da presença deste artista deu animo à Comissão do Carnaval para assegurar a presença de outros actores nos festejos do Carnaval dos anos seguintes, prática que se vem mantendo até hoje. Com o decorrer dos anos, o numero dos grupos de samba cresceu e cada um passou a dispor de mais componentes. Cresceu também a qualidade das suas interpretações musicais e coreografias, bem como o nível dos trajes que envergam. O Ano Internacional da Criança, em 1979, fez nascer o Carnaval Infantil da Bairrada que já vai na sua décima sétima edição. Realiza-se todos os anos no Domingo Magro, com um cortejo de crianças e carros alegóricos próprios, e nele têm participado crianças de jardins de infância e escolas dos concelhos da Mealhada, Anadia, de Cantanhede, e de Coimbra. Houve um ano em que até tomou parte uma escola do Porto. O Carnaval da Mealhada tomou forma, está enraizado na alma da gente Bairradina e é hoje um dos maiores festejos da Bairrada e da região centro de Portugal. Para isso, muito têm contribuído a dedicação e o esforço dos seus organizadores e participantes, agrupados, desde 1979, na Associação de Carnaval da Bairrada. Na impossibilidade de aqui mencionar o nome de todos, destacamos, o seu principal dirigente: Luís Bernardino Marques.

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