29/05/2021
O Expressionismo na Europa O Teatro expressionista é polemicamente antiibseniano, porque quer ser anti-realista; dispensa a imitação da fala coloquial e dos ambientes familiares no palco; fala em estilo poético ou declamatório e prefere cenários fantásticos, que já não são mero fundo da ação teatral, mas participam dela como se fossem personagens mudos.
Tudo isso não esta, porém, a serviço de um teatro poético, mas de propaganda de idéias: em vez do individualismo quase anarquista de Ibsen, o Socialismo e o Comunismo; em vez do ceptismo ibseniano, uma religiosidade livre, mas esperançosa; em vez do feminismo de Ibsen, a luta dos sexos e das gerações, o homem defendendo-se das mulheres e os filhos em revolta contra os pais, atitudes apoiadas em teorias psicanalíticas. É um teatro revolucionário e, ao memso tempo, fantástico.
O criador do teatro expressionista é o sueco Strindberg, que depois de uma fase de naturalismo extremado caiu no extremo oposto, de teatro simbólico-religioso. Sua influência, pouco sensível na França e na Inglaterra, foi grande na Rússia e nos E.U.A., mas sobretudo na Alemanha. Ali já tinha, independente do sueco, o ator Wedekind criado um teatro pré-expressionista, com a luta dos sexos como tema principal e com a característica interpretação fantástica de ambientes aparentemente reais. Depois de 1918, o Expressionismo conquistou o teatro alemão. Suas figuras principais são Georg Kaiser (1878-1945), de inesgotável força inventiva, mestre de sutil construção dialética, e o revolucionário Ernest Toller (1893-1939); Sorge (1892-1916), vítima da guerra, escreveu duas peças religiosa à maneira do último Strindberg. Unrush (n.1885) e Hasenclever (1890-1941) atacaram a velha geração e o militarismo. Já é pós-