14/01/2023
Existe magia na ação lenta, na quietude, no silêncio, na pausa, no fazer com atenção, nos passinhos diários, nos acontecimentos e mensagens que vão chegando até nós e clareando o caminho a seguir, no aplicar primeiro pra depois oferecer para o mundo, no observar para onde faz sentido o meu movimento neste momento.
Temos tanto a realizar e a conquistar, temos tanto pra viver.
Mas se não existe a flexibilidade e a sabedoria de buscar um alinhamento interno, a gente é arrastado pela onda frenética do estado mental de ser do mundo ocidental e acabar se culpando, se adoecendo, se matando literalmente, simplesmente por não ter uma percepção clara de quem se é verdadeiramente e dos valores que são realmente importantes pra si.
Cada um vai precisar buscar o equilíbrio em algum aspecto específico da vida, em momentos diferentes.
Tem momentos que pedem mais introspecção e não necessariamente quietude. Tem momentos que precisamos nos expor mais pra aquietar algo internamente.
O meu momento muito provavelmente vai ser diferente do seu. O seu momento pode ser diferente da pessoa que você vive junto ou se relaciona.
Pra mim nunca foi claro isso. Eu sabia que cada um tinha seu jeito de ser, mas não conseguia enxergar o quanto pode ser maravilhosamente construtivo ou profundamente destrutivo não respeitar a individualidade de cada um. Porque isso afeta principalmente a nossa perspectiva sobre nós mesmos.
Pra ficar mais claro, a consequência desse tipo de distorção gera a inveja, a comparação doentia, o medo de estar perdendo algo, o medo de não ser bom o suficiente, a culpa, a compulsão alimentar, a falta de energia ou motivação, a depressão, a ansiedade, etc.
Você se conhece de verdade? Ou se percebe a partir do que o mundo diz que você é?
Eu sigo aprendendo. Eu sigo aplicando e integrando. Aos poucos. No meu tempo.