07/04/2016
Digo sempre, com alguma vergonha de parecer falsa modéstia, que fui das primeiras djs "gajas" do Porto, e a verdade é que só me lembro da babe Sininho na cabine nessa altura. Isto tem a sua piada porque nunca em altura nenhuma a música de dança foi tão máscula, pesada e musculada como há 10 anos atrás e acredito que era a maria-rapaz em mim que despertava cada vez que passava Felix Cartal a horas impróprias ou que dançava até não poder mais quando dava "aquela" de ZZT. Estava rodeada de amigos com quem trocava músicas como quem trocava cromos e sempre senti que acima de tudo, mais prego menos prego (e eu era/sou conhecida por dar muitos) éramos todos iguais e encontrávamo-nos sempre todos numa música qualquer. Foi incrível pertencer a este grupo naquela altura e de fazer kms Porto-Lisboa, em fins de semana seguidos e ter o Mini-Mercado como a minha segunda casa. Tenho saudades. Do Mini. Dos amigos. De dançar mesmo a sério. Da sinceridade das festas. Da sinceridade da música. Do crowdsurfing. Do suor que transpiravam as paredes onde quer que estivéssemos. De sermos destemidos a pôr música. De ser tudo mais simples.De ser tudo espectacular. Foi MESMO tudo espectacular.
Na sexta em Lisboa e no sábado no Porto em modo flashback de espectacularidade:
DISCORRILHA - X Anos depois da Cena