Minha história foi feita de muitas idas e vindas, mas na bagagem sempre muito sabor e amor...
Meus avós (nonni) vieram da Itália para o Brasil e na bagagem trouxeram os bons costumes italianos. Não tenho muita certeza se foi a Polenta ou o Vinho que fez a minha Nonna voltar para a Itália com uma criança pequena no colo,
mas é fato que ela sempre foi apaixonada por aquele país.
A minha mãe nasceu no Brasil, mas cresceu na Itália, e quando ela tinha 15 anos seus pais decidiram voltar ao Brasil. Era tanto amor pelos dois países que difícil era decidir onde morar.
Eu acho que depois que meus Nonni mataram a saudades da Polenta, Ravioli, Agnoline e Pizza na Itália, é que eles decidiram retornar o Brasil, e na mala trouxeram, é claro, alguns dos melhores vinhos para apreciar por aqui enquanto esperavam os Grostoli esfriarem.
É sensacional como a Cozinha nos aproxima....
De volta ao Brasil, minha mãe trouxe consigo além das receitas da Nonna, que são receitas especiais de família, também a paixão pela culinária e pelo tempero especial da Itália, receitas as quais herdei e orgulhosamente apresento em meus trabalhos pelo Brasil.
Ela (minha mãe) sempre foi muito batalhadora. Viajava à trabalho para diferentes lugares e, com isso, acabei sendo criada pela Nonna, que sempre morou em minha casa.
E, como em toda casa italiana, crescer dentro da cozinha é normal,
deve fazer parte do DNA da família.
Comigo não foi diferente, pois quando tinha 6 anos de idade ela colocou um degrau de madeira em frente ao fogão e começou a me ensinar a cozinhar. Desde então, nunca parei.
Cresci comendo e produzindo alimentos italianos.
A Nonna veio de uma família de agricultores, e por ter passado pela guerra sempre trazia com ela os costumes de estocar comida e plantar seu próprio alimento.
Ela amava o Brasil. Dizia que por aqui o clima era ameno e não haviam guerras.
Ela veio de uma cidadezinha chamada Chieti e meu avô de Giuliano Teatino.
Carolina e Gaspare.
Fugiram para se casar e mentiram para o pároco da região suas idades, afim de criar uma família.
Ele era menor de idade e não poderia ter se casado naquela época, porém apesar disso, sempre se amaram e tinham projetos de vida juntos.
A Nonna era aquela matriarca bastante autoritária e pouco delicada, mas do jeito dela sempre me mostrou o amor através das panelas.
Ela não admitia erros ou mudanças nas receitas originais e, ai daquele que metesse as mãos na panela dela.
NOSSA PEQUENA COZINHA AFETIVA - O interior é o que conta!
Com o tempo ao lado dela e de seus ensinamentos compreendi que para cozinhar devemos estar bem e fazer com amor, senão as coisas não dão certo.
Por isso, minha cozinha é tão afetiva.
Aprendi que cozinhar para família era o mais importante, visto que a família é tudo.
É base e o esteio. E assim fui criada.
Os anos se passaram ao me deparar com a fase do vestibular, não encontrei naquele ano um curso de gastronomia em Brasília e acabei me formando em publicidade e propaganda no IESB. Mas a Gastronomia esteve sempre no meu DNA, e logo após formada sentia tanta falta da Cozinha que não aguentei e iniciei os trabalhos na Confeitaria.
Fiz inúmeros cursos como: Padeiro e Confeiteiro no SENAC, curso com vários professores, curso Profissionalizante de Confeitaria na Kaza Chique, além de diversos cursos direcionados a confeitaria. Em 2018 me filiei a FIC BRASILE e sigo filiada desde então, pois assim me sinto mais perto da Itália com esse toque brasileiro tão especial.
Sinto que tenho o dever de passar adiante todo o meu conhecimento que aprendi com a Nonna e, como filiada à Federazione Italiana Cuochi fico feliz em poder oferecer para você a verdadeira COZINHA REGIONAL ITALIANA.
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