20/12/2016
Pintura e poesia - Tudo é Arte!!!!
Meu destino
Ainda que não mais te veja
Ainda que meus olhos cerrem
Ainda que assim seja
Eu serei tua
Ainda quando tua voz calar
Atingida pelo raio
Que o tempo um dia
Há de te lançar
Ainda assim
Eu serei tua
Ainda que não existam mais
datas
Nem festas
Nem funerais
Nem lua
Nem madrigais
Ainda assim
Eu serei tua
Ainda que só haja trevas
Que o sol não mais nasça
Nem se ponha
Ainda que de alma nua
Eu serei sempre tua
E se não te fizeres meu
Oh! Que tamanho desatino
Pois plantaste fundo em meu peito
Uma adaga, a adaga do teu destino
Mariza Figueiredo Martins/Pão de Poesia
*poema reeditado
Ilustração: óleo sobre tela da artista paulista Angela del Comune (obra editada da forma original).