17/11/2019
A Organização Mundial de Saúde (OMS) compreende que Droga é “toda substância, natural ou sintética, que em contato com o organismo vivo pode modificar uma ou mais de suas funções”.
Conclui-se, a partir do entendimento da OMS, que a maconha, assim como o álcool, tabaco, açúcar, analgéssicos, é uma droga e deve ser compreendida como tal por àqueles que optam pelo seu uso, tanto em suas potencialidades benéficas quanto maléficas. Portanto, não existe droga ruim em absoluto. Os efeitos destas devem ser observados em cada indivíduo, dentro de um contexto específico. Por exemplo, há pessoas que podem comer açúcar sem maiores problemas. No entanto, quem exagera pode adquirir diabetes ou obesidade. Com a maconha, da mesma forma! Adolescentes devem evitar seu uso, devido à interferência na sua fase de desenvolvimento cerebral. Por sua vez, há quem a use socialmente por toda a vida sem maiores danos. Outras usam no tratamento de câncer, AIDS, epilepsias, Alzheimer etc.
Segundo Burgierman, estudos mostram que as leis têm efeito insignificante na decisão de usar determinada droga. Dito isto, independente de seus benefícios ou malefícios, o que não tem eficácia é a política proibicionista, a tal de “guerra às dr**as” e a falta de diálogo franco e sincero sobre um tema tão complexo, mas comum na vida de muitos brasileiros. Diversos países estão revendo suas políticas de dr**as, devido a sua pouca efetividade, além dos danos sociais causados pela guerra às pessoas que fazem parte direta ou indiretamente a este ramo econômico. Uruguai, Colômbia, EUA, Canadá, dentre outros estão neste caminho, discutindo as melhores formas de cuidar das pessoas usuárias de dr**as, apostando em educação para prevenir e investimento em saúde pública para cuidar daqueles que fazem uso problemático de alguma substâncias. É preciso responsabilidade com as informações divulgadas para, respeitar a autonomia dos indivíduos. O Brasil não pode mais andar na contramão!
Referências
BURGIERMAN, Denis Russo. O fim da guerra: a maconha e a criação de um novo sistema para lidar com as dr**as. São Paulo: Ed. Leya, 2011.
Via: http://midianinja.org/