03/03/2021
Que Brasília está completou 60 anos de vida, todo mundo já sabe.
Mas o que poucos sabem é que a região da cidade especialmente no Riacho Fundo 1, é a única a abrigar uma espécie de peixe muito peculiar:
o Pirá-Brasília (Simpsonichthys boitonei).
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A espécie foi descoberta durante a construção da capital, quando a terra vermelha revolvida com as obras ainda se destacava no verde do Cerrado do Planalto Central.
O peixinho foi encontrado em brejos próximos ao Riacho Fundo1, um dos afluentes do Lago Paranoá, no local em que hoje f**a o Jardim Zoológico.
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Na verdade, o Pirá-Brasília vive em lagoas rasas que se formam uma vez por ano, durante o período das chuvas, e secam com a estação seca, que em Brasília é longa e acentuada.
Quando as lagoas secam, os peixinhos morrem, mas deixam escondida embaixo da terra a garantia de seu retorno assim que voltar a chover.
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Mas como foi que eles chegaram aqui?
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Antes de morrer, o Pirá-Brasília deposita seus ovos no solo da lagoa.
Esse é um trabalho compartilhado pelo macho e pela fêmea.
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Os ovos f**am sob a terra seca, esperando a chuva, num estado chamado de diapausa. Até que, depois das primeiras chuvas, o contato com a água faz os ovos eclodirem.
Os filhotes de peixe, chamados alevinos, se desenvolvem rapidamente, já que o ciclo de vida do Pirá-Brasília é muito curto.
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Em cerca de dois meses o Pirá-Brasília atinge a maturidade.
Um desavisado que encontrar os peixinhos dentro de uma lagoa recém-formada pode se perguntar: como foi que eles chegaram aqui?
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Agora você já sabe: o Pirá-Brasília não cai do céu, ele brota da terra!
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Por que eles estão ameaçados?
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O Pirá-Brasília é endêmico do Distrito Federal, ou seja, ele só existe nesse local.
As lagoas em que vive o peixinho se formam em veredas de buritis ou em brejos próximos às matas de galeria.
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