24/01/2022
Um amigo conta que foi a um restaurante japonês novo, muito bom, e um pouco mais tarde se queixa de dor de cabeça. Semanas depois vamos juntos ao novo japa. Como quase todo mundo que conheço, ele enche de shoyu aquele pequeno pires, mistura o wasabi e começa a comer mergulhando ali os sushis e sashimis que nos encantam.
No dia seguinte se queixa de dor de cabeça. Fico quieta, lembrando de um filme intitulado “O Sushi dos sonhos de Jiro”, em que o sushiman Jiro Ono, 85, apresenta uma degustação de sua arte ao preço módico de U$300 por pessoa. Você viu?
Jiro-san não põe pires com shoyu para o cliente. Ao preparar a fatia de peixe, antes de pousá-la no arroz, mergulha um pincel no pote de shoyu e dá uma – uma – pincelada nela. Pronto.
Ninguém tem dor de cabeça depois.
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