15/07/2023
Você sabia que o Monteiro Lopes surgiu em Belém, pelo amor de um casal de herdeiros de padarias rivais?
O “Monteiro Lopes” tem massa de empada e mistura preto e branco. Nascido em uma época em que esta química era algo não muito aceito pela elite de então. Entre 1850 e 1890, duas padarias disputavam a preferência dos consumidores naquela Belém, restrita ainda a 3 ou 4 bairros do núcleo original.
Uma estaria localizada na Travessa Oriental do Mercado (Municipal), que antecedeu ao Mercado de Ferro de Carne e a outra na Travessa Ocidental do mesmo mercado. Naqueles anos, como nos seguintes, o segredo da freguesia estava nas receitas dos quitutes preparados para a clientela e teria sido por causa de biscoitos especiais que a história se desenrolou. Manoel Monteiro, mulato, dono da primeira padaria fazia seus biscoitos muito apreciados, mas nem queria ouvir falar do concorrente.
No outro lado do mercado, outro biscoito disputava a preferência dos gulosos. Quem produzia a iguaria era Antonio Lopes, dono da segunda padaria. Eram cores e paladares diferentes, até que os pais morreram e os filhos se casaram, unindo os negócios e juntando nomes. Assim surgiu o “Monteiro Lopes”, unindo o negro e o branco, endossando mais uma história de amor para povoar as lendas desta terra.
Fontes: Belém Antiga Foto: Rua da Praia, 15 de novembro na segunda metade do século XIX. Ao centro o antigo mercado municipal, destruído pelo incêndio, onde foi construído o Mercado