A Quinta do Conde é um novo espaço para eventos situado na cidade de Campinas, interior de São Paulo. Localizada em terreno que abriga a antiga sede da Fazenda Duas Pontes, propriedade histórica do Barão de Itatiba (hoje em dia local tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Por esse motivo, o local traz ao seu visitante uma viagem ao passado em uma experiência rústica, mas sem esquecer do conforto e modernidade dos dias atuais. A Quinta do Conde traz diversos espaços destinados a Festas de Casamentos, Festas de 15 anos, Aniversários, Confraternizações, Lançamento de produtos, Formaturas, Festas em geral, Banquetes, Jantares, Coquetel, Reuniões, Seminários, Encontro de negócios, Workshops, Premiações, Treinamentos, Palestras, Exposições, Filmagens comerciais, Ensaios Fotográficos, dentre outros.
Aliado a tudo isso, trazemos espaços para o entretenimento como complexo aquático (com toboáguas e piscina), quadras poliesportivas, áreas para churrasco e para treinamentos vivenciais (como rafting, paintball, trekking, etc).
Casa de Máquinas
A Casa Sede da Fazenda Duas Pontes
Cozinha dos escravos
Bica d’água onde os aguadeiros retiravam água e se banhavam
A namoradeira
O terreiro
Um local cheio de Histórias
A QUINTA DO CONDE LAZER E EVENTOS localizado no município de Campinas operando no local denominado desde sua fundação como “FAZENDA DUAS PONTES”, de propriedade do comendador Joaquim Ferreira Penteado, Barão de Itatiba, cidadão honrado e generoso, grande benfeitor e rico proprietário nascido em São Roque em 1808 e falecido em Campinas em 6 de Junho de 1884. A Fazenda foi formada pelas terras que pertenceram às sesmarias de seu pai, o Capitão Inácio Ferreira de Sá, falecido em Campinas em 05 de fevereiro de 1811 e de seu sogro e tio avô, o Capitão-Mor (agregado da Vila de São Carlos / Campinas), Floriano Camargo Penteado, falecido em Campinas em 12 de fevereiro de 1838.
Estas sesmarias lhe foram concedidas pelo governo Português em 06 de outubro de 1796 e 20 de novembro de 1798, respectivamente. Joaquim Ferreira Penteado casou-se em Campinas em 15 de maio de 1830 com sua prima em segundo grau, Dona Francisca de Paula Camargo, batizada em 22 de abril de 1809 e falecida em 16 de agosto de 1889, filha do citado Floriano de Camargo Penteado.
A Fazenda Duas Pontes passou mais tarde a pertencer ao 13º. filho do Barão de Itatiba, Inácio de Ferreira Camargo Andrade, nascido em Campinas em 11 de junho de 1852 e falecido em Paris em 03 de outubro de 1894, sepultado em Campinas. Foi casado com Dona Brandina Emília Leite Penteado, filha do Dr. João Carlos Leite Penteado e Dona Maria Higina de Almeida Lima. O Casal não teve descendentes.
Com o falecimento de Inácio Ferreira de Camargo Andrade, sua viúva Dona Brandina Emília Leite Penteado, veio à tornar-se proprietária da Fazenda Duas Pontes. Algum tempo depois, Dona Brandina, viúva ainda moça e abastada, contraiu novas núpcias com Artur de Furtado Albuquerque Cavalcanti (desembargador Furtado), o qual tornou-se o novo proprietário da Fazenda.
Artur Furtado de Albuquerque Cavalcanti, procurou beneficiar a Fazenda com melhoramentos e obras suntuosas, ainda hoje existentes, tais como a roda d’água, a serraria, o moinho de fubá, transformou a prisão dos escravos em sistema de lavagem de café, etc. Para isso gastou desordenadamente, contraindo enormes dívidas e acabou por ser executado por seus credores.
A Fazenda foi então levada a leilão e arrematada pelo Coronel Cristiano Osório de Oliveira, por pouco mais de 600 contos de Réis.
Após a morte do Coronel Cristiano Osório de Oliveira, a Fazenda passou para seus herdeiros, sendo considerada uma das principais propriedades agrícolas de Campinas, pela extensão de suas terras, magníficas lavouras, criação de animais de raça e excelentes instalações.
Segundo consta, a região da Fazenda Duas Pontes já recebia escravos vindos do Rio de Janeiro desde 1747, ou seja, 30 anos antes da fundação de Campinas, destinados a trabalhar nas lavouras cafeeiras, principal riqueza da Fazenda, cuja produção chegou à cerca de 100.000 sacas de café por ano.
Com o fim da escravidão em 13.05.1888, deu-se inicio às grandes imigrações e a Fazenda recebeu muitos colonos italianos.
A produção da Fazenda era embarcada nas estações de Tanquinho ou Carlos Gomes “Velho”, pertencentes a ex-companhia Mogiana de Estradas de Ferro, cujos trilhos até hoje correm paralelos à Fazenda.
Devido a grande dificuldade que representava o transporte da produção até estas duas estações, em 1928 quando foram realizados os trabalhos de retificação da Estrada de Ferro, foi construída uma nova estação em frente a Fazenda, ainda hoje existente, denominada “Desembargador Furtado”.
Atualmente sob severa conservação, podemos observar e visitar os seguintes locais históricos remanescentes dos tempos de Barão de Itatiba e de Artur Furtado de Albuquerque Cavalcanti, à saber: as ruínas da senzala, a casa grande contendo a capela, a cozinha dos escravos, a bica onde, segundo consta, os escravos se banhavam, a roda d’água, a casa de maquinas hoje transformada em museu, o terreiro de café, o aqueduto, a entrada ladeada de palmeiras imperiais, parte do calçamento do lado das antigas estrebarias, os restos da serraria e do moinho de fubá, o caramanchão do jardim e os restos do muro que cercavam a sede da Fazenda. Também e conservam livros de contabilidade e documentos diversos.
Após este período, a Fazenda Duas Pontes foi dividida em 5 grandes áreas, e o quinhão de número 5 foi adquirido em 1971, em ruínas, pelo engenheiro Dr. Roberto Cecarelli e outros sócios, que transformaram em Hotel Fazenda que funcionou por mais de 40 anos nesta atividade, conservando o seu estilo colonial.
E somente ao final do ano de 2017, a fazenda, novamente em ruínas, foi adquirida pelos atuais proprietários.