História e Memória PRLL
Espaço coletivo de arte, estímulo e autogestão para coletivos que não tem espaço
A Paralela surgiu em 2012, como um espaço onde bandas independentes locais realizavam ensaios abertos. Com o passar do tempo, passou a realizar festas temáticas, cursos livres, debates, guerrilhas audiovisuais e principalmente pequenos shows indepentendes, até a se consolidar como um espaço próprio para a música independente. Neste meio tempo, muitos artistas passaram pela casa, entre eles, Carne Doce, Francisco el hombre, Boogarins, Tagore, Gritando HC, Yangos, La Abuela Cumbiambera, My Magical Glowing Lens, Winter, Thiago Ramil; a casa também serviu como incubadora de bandas locais, e nela se criaram Catavento e Cuscobayo, grupos expoentes na cena da música independente do sul do Brasil. Em 2015, na Paralela surge o Bloco da Ovelha, levando a casa para o carnaval de rua e para um diálogo maior com a cidade; neste mesmo ano, passa a abrigar hostel e coworking, contando com diversas incubadoras de projetos multimídia; assim, torna-se associação, formalizando suas principais atividades de produção cultural e fomento da produção independente.
No entanto, a vida noturna da casa seguia com fluidez e muitas bandas do cenário independente nacional ainda passaram pela casa, tornando a mesma um espaço consolidado no que tange espaços coletivos e casas que fogem do padrão do entretenimento noturno nacional, com identidade e propensão à arte. Porém, no início de 2017, uma interdição acontece, e uma lei municipal passa a impedir a casa de realizar eventos com música ao vivo - e qualquer atividade que possa estar inclinada ao “entretenimento noturno”. Nessas condições, a casa se adapta como pode, funcionando como barzinho, café, coworking e segue realizando ações de formação livre e oficinas artísticas - porém perdendo o status quo de espaço necessário para a circulação da música independente nacional, prejudicando rotas da música em toda a região e desvalorizando até mesmo o cenário da cidade como um todo.