15/01/2020
Essa luta é nossa! 💪🏻💙 Precisamos ensinar e conscientizar as crianças e suas famílias! 😉
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Não sei escrever tão bem como a maioria das mães de autistas que conheço e que sigo nas redes sociais. Mas sei expressar tão bem quanto elas a sensação de ver meu filho sendo alvo de deboches e risos por parte de algumas crianças no clube em que estávamos hoje à tarde. Me causa revolta de saber que a maioria dessas crianças (da mesma faixa etária do Lucas), não são instruídas em casa, não recebem orientações de como agir quando se deparam com uma situação “inusitada” que é encontrar uma criança atípica em um local público. Meu filho tem 9 anos de idade,portador do transtorno do Espectro Austista, verbal, ADORA se comunicar, gosta de brincar com outras crianças e quando vamos sair, me bate um medo, sim, um medo do que vou encontrar. Como são as crianças que estarão lá. Será que elas sabem interagir com o que chamamos de “anormal”? Meu Deus que crueldade! Eu tenho medo de encontrar crianças! Tenho medo do que a atitude delas, mesmo que involuntárias, com certeza por falta de orientação, vão causar ao meu filho que só quer INTERAGIR. Triste estou agora neste momento, escrevendo este texto, lembrando que hoje, numa tarde de sol, num clube bem frequentado, tive que tirar meu filho de perto de crianças que riam dele e o chamavam de demente, só porque ele queria brincar. Como ele tem uma linguagem diferente, um jeito “estranho” de falar, foi criticado. E ele, sem entender nada, pedia para que eu o deixasse lá. Ah meu Deus! É demais para um coração de mãe! Mas eu aguento! Eu luto! Eu mostro para qualquer pessoa, que meu filho é tão importante como qualquer outro. E queria, que qualquer mãe, de criança típica, se colocasse em meu lugar em um momento desse. Imploro para vocês mães, que estão lendo este texto, que orientem seus filhos, contem a eles que nem toda deficiência tem sinal, tem características aparentes, que o fato de uma criança não saber falar, ouvir, andar, não ter braço, perna, dedos, ela é menos importante.Dói muito sentir um filho excluído. Dói muito ver ele pedindo para brincar com seu filho (a) e ele responder que não está brincando de nada, só para boa deixá-lo entrar na brincadeira. Dói, dói e dói. 💙 💙