O ILÊ OKAN foi fundado em 2001. Geralda Maria de Souza,mais conhecida como Yalorixá Geralda Dofona de Oyá,nasceu em alto do Rio Doce-MG.Yalorixá, Dofona teve sua raiz espiritual no Keto(Região da áfrica antiga,onde existia o culto OXÓSSI),vindo dos Yorubas africanos como poder vital,força e energia do ser. Como era mineira de nascimento,descendente de índio do norte da Bahia, negro e português,pre
cisaria plantar sua raiz(Objeto ou ser sobre o qual se fixa ritualmente a energia sagrada dos Orixás),em Minas ou Bahia.Escolheu Juiz de Fora. Espiritualmente foi feita no Keto por Mãe Lenira de Yemanjá Ogum Té,do Rio de Janeiro.Ficou um tempo sendo atendida por Mãe Teresa de Oyá,na Ilha de Itaparica,BA. "Ser Yalorixá é coisa muito séria,passada pelos ancestrais." Foi Filha de Santo à 25 anos e residiu em Juiz de Fora por ser perto do Rio e por motivos familiares.Montou seu barracão de doutrina Candomblé que se chamava Ilê Okan Odara Oyá,o que significa Casa do Belo Coração de Yasã. O tempo de sua moradia e seu barracão no Bairro Nossa Senhora de Lourdes iniciou um trabalho com crianças em situação de risco. "No inicio eram poucas,mas uma vem trazendo outras e chegamos a atender 39 meninos e meninas da comunidade." Grupo de nome Filhos de Oyá. O barracão abria suas portas para que os pequenos tivessem aulas de ensino religioso,ensaios de capoeira e participassem das festas dos orixás. Yalorixá Dofona pretendia transferir seu barracão para outro bairro onde comprou um terreno com objetivo de ensinar artesanato,artes,música e dar atendimento psicológico aos que necessitassem e um dia da semana distribuir alimentos à comunidade carente. Geralda Dofona de Oyá viveu por 65 anos muito feliz por ter sido escolhida por Yasã e por ter aceitado sua obrigação na terra por amor e fé. "A única coisa que peço nesta vida é que meu último suspiro seja de Oyá"
A casa agora com nome Ilê Okan (Casa do Coração) vem dando continuidade sem o ensino religioso ligado ao Candomblé (é preciso um tempo para que essa atividade ainda continue.) A casa se transformou em um Centro Cultural de Cultura Afro Brasileira,onde a comunidade frequenta usufruindo de uma biblioteca afro e oficinas de arte,dança,música e orientações psicológicas. Sua filha Suraya Ramos é atualmente a responsável pela casa.