29/08/2022
Valiosas informações sobre o Império do Brazil e a Família Imperial Brasileira.
A Bandeira Nacional Brasileira tem entre as cores o verde e o amarelo, pois a mãe de Dom Pedro II do Brasil, a Imperatriz Dona Leopoldina, ajudou a idealiza-la, juntamente com José Bonifácio e o pintor francês Jean Baptiste Debret. Inclusive, a Dona Leopoldina costurou a primeira Bandeira Nacional, sendo o verde a cor símbolo da Casa Real dos Bragança e o amarelo da Casa Real dos Habsburgo. Diferentemente como muitos pensam, o verde não representa as matas e o amarelo não representa o ouro. Além disso seu pai Dom Pedro I foi quem compôs a melodia do nosso primeiro Hino Nacional, o Hino da Independência.
Quando D. Pedro II do Brasil subiu ao trono em 1840, 92% da população brasileira era analfabeta, já em seu último ano de reinado em 1889, essa porcentagem rebaixou para 56%.
Isso se deu ao seu grande incentivo a educação, a construção de faculdades e principalmente de inúmeras escolas que tinham como modelo o excelente Colégio Pedro II.
Pedro II do Brasil é Patrono do Corpo de Bombeiros e da Astronomia.
Em 1887, a média da temperatura na cidade do Rio de Janeiro era 24°.
A Imperatriz Dona Teresa Cristina cozinhava as próprias refeições diárias da família imperial apenas com a ajuda de uma empregada (paga com o salário de Pedro II).
Em 1871, a Imperatriz Dona Teresa Cristina doou todas as suas jóias pessoais para a causa abolicionista, deixando a elite furiosa com tal ousadia. No mesmo ano a Lei do Ventre Livre entrou em vigor, assinada por sua filha a Princesa Imperial Dona Isabel.
(1880) O Brasil era a 4º Economia do Mundo e o 9º Maior Império da História da Humanidade.
(1860-1889) A média de crescimento econômico era de 8,81% ao Ano.
(1880) Existiam apenas 14 impostos e taxas, atualmente são 98.
(1850-1889) A média da inflação era de 1,08% ao ano.
(1880) A moeda brasileira tinha o mesmo valor do Dólar e da Libra Esterlina.
(1880) O Brasil tinha a segunda maior e melhor Marinha do Mundo. Perdendo apenas para Inglaterra.
(1860-1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo no Mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais.
(1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de ferro do mundo, com mais de 26 mil Km. Nos últimos anos do Império a média foi de 800 km por ano.
A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano quanto para falar mal do nosso imperador. "Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros" conta o historiador José Murilo de Carvalho. "Schreiner, ministro da Áustria, afirmou que o imperador era atacado pessoalmente na imprensa de modo que causaria ao autor de tais artigos, em toda a Europa, até mesmo na Inglaterra, onde se tolera uma dose bastante forte de liberdade, um processo de alta traição." Mesmo diante desses ataques, D. Pedro II se colocava contra a censura.
"Imprensa se combate com imprensa", dizia ele.
"Quanto às minhas opiniões políticas, tenho duas, uma impossível, outra realizada. A impossível é a república de Platão. A realizada é o sistema representativo (a Monarquia). E sobretudo como brasileiro que me agrada esta última opinião, e eu peço aos Deuses (também creio nos Deuses) que afastem do Brasil o sistema republicano, porque esse dia seria o do nascimento da mais insolente aristocracia que o Sol jamais alumiou"
MACHADO DE ASSIS
ESCRITOR E FUNDADOR DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
A média nacional do salário dos professores estaduais de ensino fundamental em (1880) era de R$ 8.958,00 em valores atualizados.
Entre 1850 e 1890, o Rio de Janeiro era conhecido na Europa como “A Cidade Dos Pianos” devido ao enorme número de pianos em quase todos ambientes comerciais e domésticos.
O bairro mais caro do Rio de Janeiro, o Leblon, era um quilombo que cultivava Camélias, flôr símbolo da abolição, sendo sustentado pela Princesa Isabel.
O maestro e compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi sustentado por D.Pedro II até atingir grande sucesso mundial.
D.Pedro II tinha o projeto da construção de um trem que ligasse diretamente a cidade do Rio de Janeiro a cidade de Niterói. O projeto até hoje nunca saiu do papel.
Pedro II mandou acabar com a guarda chamada Dragões da Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a guarda voltou a existir.
Em 1887, D.Pedro II recebeu os diplomas honorários de botânica e astronomia pela Universidade de Cambridge.
Desconstruindo boatos, D. Pedro II e o Barão/Visconde de Mauá eram amigos e planejaram juntos o futuro dos escravos pós-abolição. Infelizmente com o golpe militar de 1889 os planos foram interrompidos.
As favelas na cidade do Rio de Janeiro, surgiram por causa da república, que além de abandonar os escravos libertos, prometeu mas não entregou terras aos soldados que lutassem nas guerras (Canudos).
D. Pedro II tinha 1,91m de altura, quando a média dos homens brasileiros era de 1,70m e mulheres 1,60m.
Na época do golpe militar de 1889, D. Pedro II tinha mais de 90% de aprovação da população em geral. Por isso o golpe não teve participação popular.
José do Patrocínio organizou uma guarda especialmente para a proteção da Princesa Dona Isabel, chamada “A Guarda Negra”. Devido a abolição e até mesmo antes na Lei do Ventre Livre , a Princesa recebia diariamente ameaças contra sua vida e de seus filhos. As ameaças eram financiadas pelos grandes cafeicultores escravocratas.
O Paço Leopoldina localizava-se onde atualmente é o Jardim Zoológico.
O Terreno onde f**a o Estádio do Maracanã pertencia ao Duque de Saxe, esposo da Princesa Dona Leopoldina.
Santos Dumont almoçava 3 vezes por semana na casa da Princesa Dona Isabel em Paris.
A ideia do Cristo na montanha do Corcovado partiu da Princesa Dona Isabel.
A Família Imperial não tinha Escravos. Todos eram alforriados e assalariados, em todos imóveis da Família.
D. Pedro II tentou ao Parlamento a abolição da escravatura desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos.
D. Pedro II falava 23 Idiomas, sendo que em 17 era fluente, inclusive o Tupi-guarani.
A primeira tradução do clássico Árabe “Mil e uma noites” foi feita por D. Pedro II, do Árabe arcaico para o Português do Brasil.
D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para Instituições de caridade e incentivos para Educação com ênfase nas Ciências e Artes.
D. Pedro Augusto Saxe-Coburgo era fã assumido de Chiquinha Gonzaga.
A Princesa Dona Isabel recebia com bastante frequência Amigos Negros em seu Palácio em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um verdadeiro escândalo para época.
Na Casa de veraneio em Petrópolis, Princesa Isabel ajudava a esconder Escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los.
Os pequenos Filhos da Princesa Dona Isabel possuíam um Jornalzinho abolicionista que circulava em Petrópolis.
D. Pedro II recebeu 14 mil votos na Filadélfia para a eleição Presidencial dos EUA, devido sua popularidade. Na época os eleitores podiam votar em qualquer pessoa nas eleições.
Uma Senhora milionária do sul, inconformada com a derrota na Guerra Civil Americana, propôs a D.Pedro II anexar o Sul dos Estados Unidos ao Brasil, ele respondeu literalmente com dois “Never!” bem enfáticos.
D. Pedro II fez um empréstimo pessoal a um Banco Europeu para comprar a Fazenda que abrange hoje o Parque Nacional da Tijuca. Em uma época que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, D.Pedro II mandou reflorestar toda a grande fazenda de café com Mata Atlântica nativa.
A mídia ridicularizava a figura de D.Pedro II por usar roupas extremamente simples, e o descaso no cuidado e manutenção dos Palácios da Quinta da Boa Vista e Petrópolis. D.Pedro II não admitia tirar dinheiro do governo para tais futilidades. Alvo de charges quase diárias nos jornais, mantinha a total liberdade de expressão e nenhuma censura.
Thomas Edison, Pasteur e Graham Bell fizeram teses em homenagem a Pedro II.
D.Pedro II acreditava em Allan Kardec e Dr. Freud, confiando o tratamento de seu Neto Pedro Augusto. Os resultados foram excelentes deixando Pedro Augusto sem nenhum surto por anos.
D. Pedro II andava pelas ruas de Paris em seu exílio sempre com um s**o de veludo ao bolso com um pouco de areia da praia de Copacabana. Foi enterrado com ele.
A Princesa Dona Isabel já em seu exílio em 1904 foi perguntada por que a Família raramente usava as jóias Imperiais no Brasil, respondeu que tanto ela como sua mãe, sabia que aquelas jóias não as pertenciam. Que poderiam usar a qualquer hora em qualquer ocasião, mas raramente enxergavam motivos para usa-las. “Ainda mais se tratando de adornos grandes, pesados e de extrema “arrogância” com nosso povo”.
Em Particular a Imperatriz Teresa Cristina sempre foi alvo de Jornais e Nobres da época por sua simplicidade e falta de capricho em seus trajes e adornos. Sempre muito discreta, só usava suas jóias de cunho pessoal, nunca usou as jóias do cofre Imperial, as tais “jóias da coroa”. A mídia zombava de uma Imperatriz que se vestia como uma senhora de classe média.
A maioria das joias particulares de Família foram leiloadas e outras roubadas pelos Militares dias após o Golpe de 1889. Já as joias Imperiais foram totalmente saqueadas pelos Militares.
Fonte: Biblioteca Nacional RJ, IMS RJ, Diário de Pedro II, Acervo Museu Imperial de Petrópolis RJ, IHGB, FGV, Museu Nacional RJ, Bibliografia de José Murilo de Carvalho.
Créditos: "Império Brazil"
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