Poços de Caldas, a luxuosa rainha das águas, atraía turistas de todo país em busca de suas águas termais e dos locais especialmente destinados à prática de jogos. Idealizado por um extraordinário projeto paisagístico de Eduardo Pederneiras, o maior e mais novo casino da cidade fazia parte de um conjunto arquitetônico que contava ainda com Thermas e Palace Hotel. As obras foram executadas a pedido
do Governo de Minas Gerais na intenção de tornar a cidade o mais completo e luxuoso balneário das Américas. Inaugurado em 1931, o Palace Casino era frequentado especialmente pela alta sociedade. Sua rara beleza e a riqueza de finos detalhes nos esplêndidos salões de jogos, baile, teatro e também no solarium, terraço reservado às damas para os chás da tarde, tornavam o local o maior centro de entretenimento da elite, atraindo visitantes ilustres de muitos lugares. O Cine Teatro também foi palco de grandes artistas e espetáculos que abrilhantavam ainda mais as movimentadas noites no casino. Carmem Miranda, Aurora Miranda, Sylvio Caldas, Dercy Gonçalves, Orlando Silva e a cantora mexicana Chelo Flores são algumas das estrelas que registraram sua ilustre presença na cidade. Porém, as agitadas noites do Palace tiveram fim em 1946, quando os jogos foram completamente proibidos no Brasil. Com isso, o casino encerrou de vez suas atividades. Por muitos anos o prédio ficou fechado e, quando reabriu as portas, acabou ficando à mercê da ocupação desordenada que causou grande prejuízo à sua conservação. Tempos depois, o Palace fechou as portas novamente. Mas, dessa vez, para receber uma reforma digna de sua importância histórica. O local foi restaurado e se tornou espaço para belas apresentações artísticas, culturais e eventos sociais, além de ser reconhecido como um valioso patrimônio histórico-arquitetônico de Poços de Caldas e também de Minas Gerais.