25/09/2024
Pode ser clichê, mas a vida é sim uma roda gigante. Ainda não conheci metáfora que fosse mais exata que essa.
Entramos na roda gigante com as expectativas lá em cima, porém começamos de baixo.
A subida não é veloz. Pelo contrário, a cada momento ela para. Mais pessoas vão entrando nesse enorme brinquedo da vida. Conhecemos pessoas novas. Nos despedimos de grandes amigos. E a roda continua a girar.
A medida que essa roda para, a fim de acrescentar ou remover integrantes, há uma ansiedade crescendo sobre todas as expectativas que colocamos quando estávamos lá embaixo. Será que vamos conseguir? Quantas vezes ainda vai parar? Por que não vai mais rápido? Temos tanta pressa sempre.
Finalmente chegamos no lugar mais alto dessa roda. E é maravilhoso. Nossos problemas estão lá embaixo. São tão pequenos agora. Essa sensação de “valeu a pena”.
Mas ninguém está mais subindo, a roda agora desce correndo. Não queremos voltar para o chão. Lá embaixo agora temos novos problemas. Vamos precisar passar por todos eles. Não tem como fugir deles. O perigo é iminente e mesmo com alguém do seu lado, alguns problemas são só seus.
Tão breve vamos subindo novamente. É esse o ciclo. Subidas e descidas. Altos e baixos. A vida é essa eterna antítese. Paradoxo coisa alguma.
A vida é, então, uma roda gigante onde. Mas não esqueça: só deixa de apreciar a vista de cima quem desiste quando ainda está no chão.