Construção fabril de alvenaria de tijolos construída na década de 1920, restaurada e convertida em 1998-1999 para receber eventos. Fazemos a locação dos nossos espaços para eventos de diferentes naturezas e desenvolvemos programas de ocupação artística e cultural através da ACCC - Associação Cultural Casa das Caldeiras.
O TODODOMINGO e o OBRAS EM CONSTRUÇÃO são programas que ocupam a Casa das Caldeiras desde 2008.
Desde 2015 a ACCC vem trabalhando com famílias e para o desenvolvimento das habilidades sócio-relacionais com o projeto Manual da Família.
A nossa equipe atende aos cliente e às pessoas interessadas na locação dos espaços de segunda-feira a sexta-feira das 9:00 às 18:00hs com hora marcada - [email protected] ou 55 11 3873-6696.
...
Vamos falar sobre História!
Histórias que se cruzam, se sobrepõe e, que conjuntamente, constroem o nosso melhor entendimento do passado.
Estar num lugar como a Casa das Caldeiras nos ajuda experimentar um pouco do passado comum a nós, cidadãos de São Paulo: o edifício é um testemunho vivo de parte da nossa história.
Como então localizamos a Casa das Caldeiras na linha do tempo?
Vamos recordar sobre como a cidade de São Paulo se desenvolveu a partir do ciclo do café, com a chegada dos barões do café, com a construção da estrada de ferro - que levava a produção ao porto de Santos e através da Sorocabana, distribuía produtos vindos da Europa pelo interior do Estado. Este contexto foi essencial para promover seu crescimento e o início da industrialização: recursos financeiros disponíveis na cidade e mão-de-obra preparada e técnica com a imigração italiana.
Com a imigração italiana chegou Francesco Matarazzo em 1881, aos 27 anos. Francesco se estabeleceu em Sorocaba, onde se dedicou ao comércio de banha de porco. Em 1890, muda-se para São Paulo onde cria a Matarazzo e Irmãos na Rua 25 de Março, com seus irmãos Giuseppe, Luigi e Andrea para comercializar banha, trigo da Europa e até mesmo arroz da China. Com os negócios prosperando, constituiu-se a Companhia Matarazzo S.A. com 43 acionistas. Entre 1899-1900, com o financiamento do London Bank (hum mil e quinhentos réis) e com os equipamentos e máquinas da Henri Simon & Co de Manchester, Francesco constrói e m***a a sua primeira fábrica, no bairro do Brás, próxima a linha de trem São Paulo Railway - o Moinho Matarazzo.
...
A Casa das Caldeiras faz parte da memória coletiva da Cidade de São Paulo, preserva em seu conjunto arquitetônico, a história de um período áureo, entre as décadas de 1920 e 1950. Uma cidade que crescia em ritmo acelerado, influenciada pela a industrialização e pelo tecnicismo Europeu, que refletiram os padrões urbanos e arquitetônicos da cidade e têm ligação direta com a vida econômica, social e cultural.
Exemplar típico da arquitetura fabril de caráter utilitário recebeu grandes janelas, pé-direito altíssimo, três chaminés monumentais que parecem ganhar os céus, túneis-galerias que remetem a passagens subterrâneas, fornalhas que eram alimentadas por carvão.
O edifício das Caldeiras é formado por um conjunto de três caldeiras abrigadas numa grande nave, distribuindo em dois pavimentos a circulação, as dependências para atividades subsidiárias, além dos túneis e as comportas associados ao sistema de circulação de ar.
A caldeira é constituída pela caldeira propriamente dita - estrutura metálica preenchi- da de alvenaria de tijolos, com várias câmaras por onde passa os sistemas de serpen- tinas, o reservatório, a fornalha - e por um sistema de túneis e dispositivos de controle de ventilação interligados a chaminé.