O Clube de Pesca de Santos guarda em seus arquivos, um dos documentos mais importantes, a ata da fundação que surgiu de Assembléia no dia primeiro de Fevereiro de 1934, no sítio São Jorge. No dia primeiro de Fevereiro de 1934, foi fundado o Clube de Pesca de Santos, pelo seu idealizador, o Sr. Sebastião Arantes Nogueira. Em seguida iniciou-se acalorada discussão sobre o assunto em questão, quando
finalmente, falou o Sr. Ernesto Paiva Azevedo, pedindo que fosse aberto o livro de presença para assinatura dos presidentes que se viram considerados sócios fundadores. Assinaram pela ordem os Srs. Heráclito Pereira, Mário Pacheco e Nestor Pacheco, seguem sessenta e quatro assinaturas de sócios fundadores. Os presidentes da primeira geração que foram ex-fundadores são Sebastião Arantes, Leônidas R. Carvalhaes, Norberto de Paiva Magalhães, duas vezes, Prudêncio Nunes, Américo Pinto de Oliveira, duas vezes, Nestor Pacheco, Orlando Esteves, duas vezes, e David Pimenta, duas vezes. A segunda geração de Ex-Presidente foi composta pelos associados Srs. Antônio Bento de Amorim Filho. Dr. Heitor Moreno, duas vezes, Lino Golegã, Antônio Buarque de Gusmão, Achilles Greca, Alberto Ferreira dos Santos, Antônio Picolo Sobrinho, duas vezes, Dr. Luiz Coelho Martinez, quatro vezes, Wilson Pereira Hummel, Narciso Esteves, Antônio Carlos Marcondes de Moura, duas vezes, João Cândido Bala, Roberto Eduardo Oliveira Rodrigues, Gilson Nunes Marques Pereira, três vezes, Sr. Aureo Emanuel Pasqualeto Figueiredo (duas vezes), Sr. Miguel Roque Baida (duas vezes), Sr. Álvaro de Carvalho Júnior e atualmente o Sr. Persio Bosquetti Júnior. Seriedade e audácia marcaram os primeiros meses de vida do CPS já em 28 de janeiro de 1935, Sebastião Arantes assinava com a firma Hamburg Suedamarrikanisc, de Hamburgo, um contrato de arrendamento da Ilha das Palmas, pelo prazo de três anos, findo os quais, poderia haver prorrogação. Pagava-se então, uma mensalidade de 50 mil reis. O contrato nem chegou ao fim pois, em 1º de Março de 1937, foi celebrado um novo arrendamento, desta feita por cinco anos, pelos mesmos 50 mil reis. Nesse novo contrato havia uma cláusula de preferência de compra da Ilha, em caso de venda. Novamente o contrato não chegou ao fim. Em 03 de junho de 1938 ( um ano e três meses depois) o Presidente em exercício Sr. Noberto Paiva Magalhães assinava a escriturara de compra e venda da Ilha das Palmas, mais as terras do morro em frente, a Sítio Canhema, tudo isso pela quantia de 1.000,00 (mil Libras Esterlinas), em prestações anunciadas de 100,00 ( Cem Libras Esterlinas), sendo a primeira paga no ato e as seguintes com vencimentos no mês de janeiro do ano seguinte, findo o qual seria feita a escritura definitiva. Sobre o saldo devedor ser obrigava a pagar juros anuais (pasmem) 6% ao ano. Parece que já tradição do novo Clube não cumprir seus contratos até o fim, pois três anos e dois meses depois, o Clube de Pesca de Santos quitava sua dívida com dinheiro arrecadado entre os associados durante a Campanha da Libra. Era 21 de Agosto de 1.941, gestão de Prudêncio Nunes, quando a Ilha das Palmas, passou a ser definitivamente Patrimônio de seus já muitos sócios. Desde do início da transferência para a Ilha das Palmas, vivia o Clube uma fase intensa de construção dessas obras que só tem evoluído para orgulho da agremiação. Todos os dias, mas, muito mais aos Sábados e Domingos, rumava para a Ilha um animado e disposto grupo de associados para adaptar, arrumar, embelezar o já belíssimo recanto. Era o pelotão de frente, os carregadores de pedra, os pioneiros, que hoje fazem parte dos anais do Clube de Pesca de Santos. Ficou na historia do Clube também a grande movimentação solidária para arrecadação de fundos destinados ao pagamento da nova Sede, a Campanha da Libra Esterlina, idealizada por Leônidas Carvalhais para aproveitar a baixa da Libra no mercado internacional. Essa Campanha inspirou outras duas. A da "Água" comandada pelo Vice Presidente Dr. Brasilino Vaz de Lima, graças ao qual foi feito uma ligação do manancial da própria Ilha, existente na parte Leste e a da "Luz", sobre a dinâmica orientação de Ernesto de Paiva Azevedo, durante a Presidência de David Pimenta, possibilitando um grande desenvolvimento ao Clube que até então era servido por precário sistema de iluminação produzido por um pequeno conjunto gerador. A conseqüência mais importantes destas três Campanhas, a par da consecução dos objetivos que lhe deram origem, foi o fortalecimento do espírito de luta, de solidariedade, de unificação dos ideais e por que não dizer de solidificação dos alicerces dessa grande obra que é o Clube de Pesca de Santos, muito mais que uma agremiação bem sucedida, uma autêntica e unida família.
Diretor Geral: José Luiz Pimentel Amorim
Presidente
Vestuário: Casual