11/11/2023
Eu Ouvi!
"Círcles of Pain" - Uma Jornada de Homenagens e Consolidação para o Angra
Por Anderson, um Devoto de 25 Anos ao Angra
Há uma beleza única em envelhecer com uma banda, testemunhando suas fases e transformações. "Circles of Pain" é mais do que um álbum; é uma carta de amor aos fãs que, como eu, acompanharam o Angra por mais de duas décadas. Este álbum, sem dúvida, se destaca como uma obra-prima, amalgamando a essência da banda ao longo dos anos.
O álbum mergulha nas águas profundas da nostalgia, homenageando momentos marcantes da trajetória do Angra. A presença de Lione nos vocais é como uma ressonância perfeita, unindo a energia clássica com a revolucionária. Sua voz redondinha não só faz jus à história da banda, mas também adiciona uma nova camada de virtuosismo.
A diversidade de "Circles of Pain" é uma ode à versatilidade do Angra. Longe de tentar rotular o álbum, prefiro deixar que cada nota conte sua própria história. As participações especiais adicionam um toque de brasilidade que é tão característico da banda. Cada faixa é como um capítulo distinto, ligado por uma cadência que encanta sem ser exaustiva.
É notável como o álbum se distancia de experimentações que podem desencadear uma desconexão com os ouvintes. Aqui, a técnica está presente, mas não para impressionar apenas os músicos. Ela serve a uma narrativa mais ampla, contribuindo para a intensidade emocional que permeia cada composição.
Ao avaliar, concordo plenamente com a nota 10 para a fase Lione. Seu desempenho é uma sinfonia de perfeição, elevando o Angra a novas alturas. Para a história da banda, dou um sólido 8. "Circles of Pain" é mais do que um álbum; é um marco na consolidação da formação atual, selando um capítulo e abrindo portas para o futuro.
Em um cenário musical onde a previsibilidade muitas vezes prevalece, o Angra continua a desafiar as expectativas. "Circles of Pain" é um testemunho de uma jornada musical e emocional, um reflexo do passado, um mergulho no presente e um vislumbre do que ainda está por vir. Este álbum é mais do que uma conquista; é uma celebração da resiliência de uma banda que se recusa a ser definida por rótulos, mas sim por sua paixão e habilidade de contar histórias através da música.