13/12/2024
Quando você retira a tampa ou abre a porta, uma onda de calor intenso surge, quase como um abraço quente, e o ar f**a mais seco e pesado.
Dependendo do que está sendo cozido, pode haver um leve cheiro de terra queimada ou até um toque sutil de fragrância das peças que estão ali dentro.
Há também um certo mistério no ar: a curiosidade de ver como as peças f**aram após o processo, se a cor que se espera apareceu ou se há surpresas na textura e acabamento.
O momento é tenso, mas ao mesmo tempo, de uma beleza serena, como se o tempo se suspendesse por um instante, enquanto você observa a transformação das formas e cores.
Com o tempo, você percebe que o forno de cerâmica não é só um instrumento de calor, mas uma espécie de portal para o inesperado, um espaço onde a arte e a matéria se encontram e se transformam.
E, conforme você se familiariza com o processo, a abertura do forno se torna algo quase ritualístico, como o desfecho de uma jornada criativa, marcada pela paciência e pela admiração pelo que a cerâmica pode se tornar.