𝔈𝔯𝔞 𝔲𝔪𝔞 𝔳𝔢𝔷, 𝔫𝔲𝔪𝔞 𝔱𝔢𝔯𝔯𝔞 𝔡𝔦𝔰𝔱𝔞𝔫𝔱𝔢, 𝔡𝔬 𝔬𝔲𝔱𝔯𝔬 𝔩𝔞𝔡𝔬 𝔡𝔬 𝔬𝔠𝔢𝔞𝔫𝔬, 𝔲𝔪𝔞 𝔪𝔢𝔫𝔦𝔫𝔞 𝔱í𝔪𝔦𝔡𝔞 𝔢 𝔰𝔬𝔩𝔦𝔱á𝔯𝔦𝔞, 𝔪𝔞𝔰 𝔪𝔲𝔦𝔱𝔬 𝔯𝔦𝔰𝔬𝔫𝔥𝔞, 𝔰𝔬𝔫𝔥𝔞𝔳𝔞 𝔠𝔬𝔪 𝔓𝔯𝔦𝔫𝔠𝔢𝔰𝔞𝔰 𝔠ô𝔯-𝔡𝔢-𝔯𝔬𝔰𝔞, ℭ𝔞𝔰𝔱𝔢𝔩𝔬𝔰 𝔈𝔫𝔣𝔢𝔦𝔱𝔦ç𝔞𝔡𝔬𝔰 𝔢 𝔓𝔯í𝔫𝔠𝔦𝔭𝔢𝔰 𝔈𝔫𝔠𝔞𝔫𝔱𝔞𝔡𝔬𝔰 𝔮𝔲𝔢 𝔡𝔢 𝔢𝔰𝔭𝔞𝔡𝔞 𝔫𝔞 𝔪ã𝔬 𝔳𝔢𝔫𝔠𝔦𝔞𝔪 𝔳𝔦𝔩õ𝔢𝔰 𝔢 𝔡𝔯𝔞𝔤õ𝔢𝔰.
𝔔𝔲𝔞𝔫𝔡𝔬 𝔞𝔭𝔞𝔯𝔢𝔠𝔢𝔯𝔞𝔪 𝔬𝔰 𝔳𝔦𝔩õ𝔢𝔰 𝔯𝔢𝔞𝔦𝔰 𝔢𝔩𝔞 𝔰𝔢𝔫𝔱𝔦𝔲-𝔰𝔢 𝔱𝔯𝔦𝔰𝔱𝔢 𝔢 𝔡𝔢𝔰𝔦𝔩𝔲𝔡𝔦𝔡𝔞 𝔢 𝔲𝔪 𝔭𝔬𝔲𝔠𝔬 𝔭𝔢𝔯𝔡𝔦𝔡𝔞. 𝔈𝔰𝔱𝔞 𝔪𝔢𝔫𝔦𝔫𝔞 𝔭𝔢𝔯𝔠𝔢𝔟𝔢𝔲 𝔮𝔲𝔢 𝔬 𝔪𝔲𝔫𝔡𝔬 𝔫ã𝔬 𝔢𝔯𝔞 𝔱𝔲𝔡𝔬 𝔠𝔬𝔯-𝔡𝔢-𝔯𝔬𝔰𝔞, 𝔮𝔲𝔢 𝔞 𝔭𝔞𝔩𝔢𝔱𝔢 𝔱𝔦𝔫𝔥𝔞 𝔪𝔲𝔦𝔱𝔞𝔰 𝔪𝔞𝔦𝔰 𝔠𝔬𝔯𝔢𝔰, 𝔮𝔲𝔢 𝔬𝔰 𝔳𝔢𝔯𝔡𝔞𝔡𝔢𝔦𝔯𝔬𝔰 𝔥𝔢𝔯ó𝔦𝔰 𝔫ã𝔬 𝔢𝔯𝔞𝔪 𝔬𝔰 𝔓𝔯í𝔫𝔠𝔦𝔭𝔢𝔰 𝔡𝔢 ℭ𝔬𝔫𝔱𝔬𝔰 𝔡𝔢 𝔉𝔞𝔡𝔞𝔰 𝔪𝔞𝔰 𝔰𝔦𝔪 𝔭𝔢𝔰𝔰𝔬𝔞𝔰 𝔮𝔲𝔢 𝔠𝔬𝔫𝔥𝔢𝔠𝔦𝔞 𝔢 𝔮𝔲𝔢 𝔞 𝔰𝔢𝔤𝔲𝔯𝔞𝔳𝔞𝔪 𝔮𝔲𝔞𝔫𝔡𝔬 𝔢𝔩𝔞 𝔭𝔯𝔢𝔠𝔦𝔰𝔞𝔳𝔞 𝔡𝔢 𝔠𝔞𝔯𝔦𝔫𝔥𝔬 𝔢 𝔡𝔢 𝔞𝔪𝔬𝔯 𝔮𝔲𝔞𝔫𝔡𝔬 𝔠𝔥𝔬𝔳𝔦𝔞 𝔫𝔬 𝔰𝔢𝔲 𝔠𝔬𝔯𝔞çã𝔬…
Quando era mais novinha, sonhei com uma 𝒞𝒶𝓈𝒶 𝑀á𝑔𝒾𝒸𝒶, cheia de cor, de luz, de crianças felizes, era a fortaleza perfeita em forma de parque infantil. Na altura tinha uma imaginação prodigiosa, inventava muitas histórias que contava aos meninos que conhecia pelo caminho. Eu era a jovem que sempre tinha crianças a sua volta, era como cola para eles e eu adorava fazer-lhes rir com as minhas palhaçadas. O bom humor era a minha espada anti bichos papões. Era uma espécie de justiceira, de super he***na que defendia aos indefesos. E que ser é mais indefeso que uma criança? Com o tempo passou a ser uma missão, defender e proteger as crianças que passassem pelo meu caminho e fazer-lhes rir até cair.
Quando cresci, voltei a sonhar com a minha 𝒞𝒶𝓈𝒶 𝑀á𝑔𝒾𝒸𝒶, mas desta vez vislumbrava-se como algo mais palpável. Eureka! Eu podia alegrar a vida dos meninos num local real, que eles podiam visitar para brincar e eu iria fazer a magia acontecer. Era importante a música e dança, pois quem canta e dança tudo mal espanta, teria purpurinas e roupas coloridas e brilhantes. Onde cada criança podia sonhar ser o que quisesse ser e cultivar a amizade e a partilha de boas memórias… mas ainda não sabia bem como iria acontecer…
Conheci em Lisboa o meu Príncipe Encantado, não era azul e nem chegou de cavalo, veio de Metro. Mas como num conto de fadas, casamos. E desta história de amor nasceram duas meninas: Eva e Ana.
Com o nascimento da minha filha Eva, em 2012, floresceu a mãe festeira pura. O Aniversário da minha filha tornou-se no evento mais esperado do ano! Mais do que o Natal. Comecei a preparar tudo ao pormenor e como acreditava nos meus super poderes, era do tipo de mãe que queria fazer tudo sozinha e perfeito, porque queria que a minha filha se sentisse orgulhosa da mãe.
Claro que passei noites sem dormir a preparar tudo. Ementas, decorações, jogos… terminava a festa exausta, despenteada, com olheiras de partir a alma, com o frigorífico cheio de comida, com salas para limpar… Acontecia-me perder as melhores partes da festa por estar na cozinha e ficava frustrada com isso. Muitas vezes disse para mim própria que essa seria a última vez, porque era um stress! Mas depois olhava o olhar feliz e brilhante da minha filha e todo aquele cansaço desaparecia. Eu tinha conhecido um novo amor, algo completamente apaixonante: as festas infantis. E o meu coração saltava em pensar na felicidade da minha filha e em organizar as suas festas e outras festas. E depois duplicou a alegria e o desafio, com o nascimento de Ana, a minha filha mais nova. Agora eram dois momentos altos no ano. E eu que pensava que não tinha jeito nenhum para organizar nada, tornei-me uma Master das festas. Encontrei o meu método e passei a desfrutar muito mais. Não só as festas das minhas filhas, mas de todas as festas dos filhos dos meus amigos e conhecidos que ajudei a criar. Uma festa era uma aventura que me fazia feliz. Ver sorrir a uma criança era o objetivo e o mais importante de tudo.
Durante 7 anos escolhi o caminho de Cake Design e fazia as festas em simultâneo como um Hobbie. Nunca pensei que faria bolinhos bonitos, mas afinal também tinha jeito para tal. A melhor parte era fazer bolinhos para os miúdos. E pedia as mães para enviar mensagens a contar-me como tinham reagido ao seu bolinho. E acreditam que muitas mamãs até enviaram vídeos? Era uma alegria. Cada um levava de mim um bocadinho de amor por elas, e dedicava-me tanto aos bolinhos das minhas filhas como aos de outros meninos.
Mas como tudo o que não é para nós, o Cake Design terminou abruptamente após uma lesão na mão. E descobri os meus rabiscos da Casa Mágica na gaveta. Aquele sonho estava ali, a fazer-me olhinhos. E foi ali que ganhei coragem e disse: já é a hora! E passados uns meses abri as portas da minha 𝒞𝒶𝓈𝒶 𝑀á𝑔𝒾𝒸𝒶: a Glam&Sweet. Foi pensada ao pormenor durante anos e cada detalhe final foi concertado com a melhor assessora do mundo, a minha filha de 6 anos.
A Glam é o meu sonho de criança, é a minha segunda casa, onde eu posso ser a he***na que imaginei, levar felicidade a muitas crianças, a minha maneira, onde podem ser quem quiserem ser, sem prejuízos, sem julgamentos, onde podem dançar, ser únicas, originais, onde têm escolha para ser e sonhar. A minha missão é mais do que divertir, é brindar-lhes uma experiência.
E estava muito feliz por fazer o que amo fazer e muitas crianças até lá passavam dar-me beijinhos após as festas. Mas fui surpreendida como todos, por um bicho papão que provocou uma pandemia.
Fiquei paralisada e triste, muito triste… mas eu recusava-me a desistir… e recuso…
Imaginei todas as formas possíveis de poder continuar com a minha missão. E foi só após sentir a dor de muitos pais que não podiam celebrar as festas dos seus filhos fora, de sentir que queriam continuar a entregar-lhes estes momentos de felicidade, de ouvir a frustração e o desespero por levar um pouco de normalidade aos seus filhos, e de perceber que se sentem desorientados e não sabem como podem fazê-lo sem aumentar a sua carga de stress; que descobri a minha outra missão: Ensinar. Eu posso continuar a levar felicidade aos meninos, sim, ensinando aos seus pais como podem criar festas incríveis em casa.
E carregada de energia, iniciei este novo percurso, formei-me como formadora e hoje tenho um espaço para festas infantis e ensino pais que têm uma criança que adoram na vida a organizar festas incríveis e criativas aproveitando todo o processo e sem exceder o orçamento familiar.
E aqui estamos nós, tu e eu que também já fazes parte deste conto… e a história ainda está a começar e eu estou grata por esta missão maravilhosa.
Madlin.