Poucos meses após o início da aprendizagem musical, esta filarmónica faz a sua apresentação ao público, formando com 22 executantes. O grupo de músicos que inicialmente constituiu a Filarmónica Riachense evidenciou-se a ponto de colaborar em quase rodas as festividades religiosas da região, chegando mesmo a actuar em Santarém e outras cidades do distrito. Anos mais tarde, começaram a surgir atrito
s entre elementos da direcção e a nascer sentimentos de marginalização da parte de alguns músicos, que culminam na criação de um nova filarmónica: a Sociedade Recreativa Riachense. Gerou-se grande rivalidade entre os adeptos das duas colectividades, que começaram a denominar-se entre si por alcunhas: “Caraças”, os da mais antiga, e “Malhados” , os da mais recente. Pode encontrar-se aqui a explicação para a designação de “Velha”, parte integrante do nome da nossa Sociedade Velha Filarmónica Riachense. Com o correr do tempo, os ânimos serenaram e a concorrência entre ambas tornou-se salutar, tendo a Velha Filarmónica mantido sempre um nível artístico mais elevado. A Sociedade Recreativa vai, aos poucos, cessando a sua actividade. A Velha Filarmónica mantém-se em actividade até aos dias de hoje, com alguns altos e baixos no seu percurso devidos, em grande parte, a dificuldades financeiras.