Arraial de São João 聖約翰節 Saint John Festival - MACAU

Arraial de São João 聖約翰節 Saint John Festival - MACAU Arraial de São João 聖約翰節 Saint John Festival - MACAU

Popular, historical and cultural event in Macau, celebrated every year during the month of June.

27/06/2024
27/06/2024

Newsletter Fundação Jorge Álvares (FJA)

Assim, fazemos neste número uma visita às várias associações que promovem a reunião dos macaenses e a preservação da sua cultura de mais de cinco séculos, espalhadas no mundo, e muito agradecemos os contributos que recebemos das mesmas para este efeito.

22-23 June 2024The fantastic performances! Thank you all!
27/06/2024

22-23 June 2024
The fantastic performances! Thank you all!

24/06/2024

Histórias com André Ritchie: 24 de Junho em Macau
李安德講歷史:澳門的6月24日

23/06/2024
23/06/2024

The meaning of 24 of June for Macau. The meaning behind Arraial São João (Saint John Festival) celebrations. Don’t forget this date and the history of Macau.

2024.06.22: tdm news
23/06/2024

2024.06.22: tdm news

聖若翰節是本澳非物質文化遺產之一,亦是澳門葡萄牙人及土生葡人社群的傳統節日及慶祝活動之一,不過過去數年因疫情停辦,今年重新復辦。 相隔數年,聖若翰節的嘉年華活動再次舉辦,由神父舉行祝聖儀式並灑聖水。聖.....

Inauguração do Arraial de São João 202422/06/2024, Macau TowerOpening ceremony of Saint John Festival 2024
22/06/2024

Inauguração do Arraial de São João 2024
22/06/2024, Macau Tower
Opening ceremony of Saint John Festival 2024

Tomorrow!Macau Tower
22/06/2024

Tomorrow!
Macau Tower

23 june, 8:30pm. Macau Tower!
22/06/2024

23 june, 8:30pm. Macau Tower!

22 june 6:30pm! Macau Tower!
21/06/2024

22 june 6:30pm! Macau Tower!

YEAHHH THIS ONE IS SPECIAL!! Come by and taste the real São João festival! C/L playing at 6:30pm Saturday!! And soooo much more!!! See ya!! 🧡 🎵 🐟 🐟 🐟 🪴 🪴 🪴 🚩🚩🚩 Macau Tower Arraial de São João 聖約翰節 Saint John Festival - MACAU

Come see The Cotton Kids on June 22 (Sat) at the Macau Tower during the Saint John Festival!!!  We are playing at 830pm!...
21/06/2024

Come see The Cotton Kids on June 22 (Sat) at the Macau Tower during the Saint John Festival!!! We are playing at 830pm!


#棉花樂隊

#千齡

23 June 6:30pm, Macau Tower!
21/06/2024

23 June
6:30pm, Macau Tower!

22 June, 7:30pm, Macau TowerDon’t miss Giulio Acconci’s performance!
21/06/2024

22 June, 7:30pm, Macau Tower
Don’t miss Giulio Acconci’s performance!

O Arraial de São João está de regresso após 5 anos!Até breve, nos dias 22 e 23 na Torre de Macau!-----------------------...
19/06/2024

O Arraial de São João está de regresso após 5 anos!
Até breve, nos dias 22 e 23 na Torre de Macau!
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五年後,聖約翰節慶祝活動終於可以重辦了!
6月22、23日,我們在旅遊塔見!切勿錯過!
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After 5 years, Arraial de S. Joao (Saint John Festival) is back again!
See you on June 22 and 23 at the Macau Tower!

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17/06/2024

Depois de cinco anos, o arraial de S.João regressa a Macau mas desta vez, noutra localização. O evento deixa o Bairro de São Lázaro e vai para a Torre de Macau este Sábado e Domingo, das 14h30 às 22h00. O arraial vai contar com concertos de bandas locais, actividades para pais e crianças, e ...

17/06/2024

Será no próximo fim-de-semana o Arraial de São João na Torre de Macau, cinco anos depois.

O Clarim, 2021年7月4日
05/07/2021

O Clarim, 2021年7月4日

所有分類 All categories, 本地 Local澳門國際研究所舉辦「六月廿四」講座 2021年7月4日 澳門國際研究所上週四(24日)黃昏舉辦了紀念澳門 「六月廿四」講座,假澳門國際研究所的大會議室進行,吸引逾50名人士參與,與會者透過講...

30/06/2021

Portugal no Japão: muito mais do que biombos, japoneiras e kasutera

Os primeiros europeus com os quais os japoneses tiveram contato foram os portugueses, que chegaram ao Japão por volta de 1543. Com os navegadores foram os padres jesuítas e com eles começou uma conversão em larga escala, com primazia pelas elites, num padrão muito seguido no Oriente. O sucesso da aproximação aos senhores feudais do Japão foi de tal ordem que os portugueses fundaram a cidade costeira de Nagasaki e o seu porto para servir os negócios e a fé. Para além disso, os missionários portugueses levaram ciência, educação e conhecimento, como aconteceu noutras paragens, sobretudo nos séculos XV e XVI.

Os jesuítas levaram a fé católica, mas respeitaram a diversidade cultural, os costumes e as diferentes religiões existentes, fazendo paulatinamente o seu percurso de pregação e educação, adaptando-se, fazendo esforços para aprendizagem da língua local, numa prática que cumpriu diretrizes formais. Deve sublinhar-se que os seus escritos passavam para a Europa uma imagem positiva da civilização japonesa, em especial através das obras do padre Luís Fróis, ainda que evidenciando a dissemelhança das duas culturas. Os japoneses eram considerados civilizados e a sua cultura enaltecida (por exemplo, espantava o asseio nas casas, com toda a certeza muito superior ao que havia na Europa quinhentista). Por outro lado, os portugueses introduziram as primeiras armas de fogo, que foram decisivas para colocar termo ao estado permanente de caos e guerra civil e para unificar o Japão.

As mútuas influências sucederam-se. Até à chegada dos europeus, os japoneses não tinham termo de comparação muito distinto quanto à identidade cultural (e mesmo quanto às características fisionómicas), pois os povos com os quais contactavam eram relativamente próximos e semelhantes. Claude Lévy-Strauss afirma, no prefácio a uma edição francesa do Tratado das Contradições e Diferenças de Costumes entre a Europa e o Japão, de Luís Fróis, que, mais do que aceitação, houve interesse mútuo, pois a simetria entre as duas culturas terá funcionado como uma pessoa que se vê ao espelho e encontra uma imagem simétrica de si mesmo. Esta relação marcou tanto a cultura que até a arte japonesa daquele período, mais conhecida pelos famosos biombos, ficou para sempre eternizada como arte Nanban, designação que deriva do nome atribuído aos portugueses, nanban, que significa “bárbaros do Sul” (por terem chegado do Sul).

Claro que este encontro de culturas não está isento de erros, de abusos e de interesses conflituantes. Em 1580 os Filipes de Espanha passaram a governar Portugal, o que duraria até 1640. Diluídas as demarcações do Tratado de Tordesilhas, que dividiam o mundo entre Portugal e Espanha (as duas maiores potências mundiais à época) para as explorações marítimas, os espanhóis chegavam ao Japão em 1592. Com a sua chegada, vindos das Filipinas, instalaram-se os frades franciscanos, que rivalizavam com os jesuítas. Em 1609 chegaram os holandeses e em 1613 os ingleses, protestantes, lançando fortes campanhas contra o catolicismo e os portugueses. Por outro lado, crescia o receio dos senhores da guerra face à pregação de igualdade de direitos e deveres que os jesuítas semeavam. Uma rebelião organizada por camponeses pobres, cristãos, exigindo reformas no país, não agradou aos grandes chefes militares japoneses, que temeram o fim do sistema feudal. A intolerância dos novos padres face às religiões antigas do Japão e as disputas dos cristãos holandeses e ingleses aprofundaram a desconfiança japonesa. Não demorou muito até que padres e cristãos fossem perseguidos (ver filme Silêncio, de Martin Scorsese, e ler livro de Shusaku Endo que o inspirou) e o “senhor da guerra” Toyotomi Hideyoshi decretasse a expulsão dos estrangeiros, em especial de portugueses e espanhóis.

Mesmo assim, naquele que foi denominado o Século Cristão do Japão, as duas culturas marcaram-se para sempre. Por mais que alguns queiram nos dias de hoje apagar ou reescrever a história, ela não foi o que desejamos, mas é o que foi e a memória do que foi. A alteridade complementar entre portugueses e japoneses, uma espécie de jogo de espelhos, a que alude também o historiador João Paulo Oliveira e Costa, o olhar sobre o outro, é, só por si, um definidor de quem somos. Mas as imagens interpenetram-se e absorvemos muito do outro, se soubermos usufruir dessa complementaridade.

As cartas de Fróis para a Europa relatam outro acontecimento que é uma boa imagem do que aconteceu com as viagens marítimas, o encontro entre povos que antes não se conheciam. Com os jesuítas estava um homem de pele negra, um moçambicano, que causou furor e admiração, sobretudo junto de Oda Nobunaga, o chefe militar amigo dos portugueses e que quase unificou o Japão. O motivo de espanto de Nobunaga não foi apenas a cor da pele, que nunca vira, mas os bons modos que Isaac apresentava e mais ainda a força que possuía. Isaac tornou-se um respeitado samurai ao seu serviço, algo que não era comum entre estrangeiros, e ganhou na pronúncia japonesa o nome de Yasuke.

A identidade faz-se também da natureza e dos objetos com que crescemos.

A botânica mundial, por exemplo, sofreu uma total revolução com as viagens marítimas, as primeiras a permitir o transporte de plantas vivas, e não apenas sementes, a longas distâncias e assim a adaptação a distintas geografias. Do Japão partiram plantas como a nespereira ou a japoneira (cameleira), tão comum nos pátios da lusofonia. Para a troca, os jesuítas levaram, por exemplo, as videiras e as uvas, a oliveira, a figueira, o marmeleiro.

Para a gastronomia levaram o açúcar branco, até aí desconhecido, e o pão-de-ló ou pão de Castela (para quem não conhece, um bolo doce), que, pronunciado em japonês, ficou conhecido como kasutera e como emblema identitário da melhor doçaria japonesa. O consumo de carne de vaca foi uma inovação nos hábitos alimentares japoneses, tendo ficado conhecida como baka. A famosa tempura resulta da têmpora e terá origem nos peixinhos-da-horta. O konpeito resulta do doce tradicional português confeito.

Na língua japonesa ficaram outras palavras como símbolos dessa mistura cultural, como bateren (padre), bidoro (vidro), birodo (veludo), karuta (carta), kirisutan (cristão), orugan (órgão), butan (botão), pan (pão), koppu (copo), shabon (sabão), tabako (tabaco). Na lusofonia herdámos, por exemplo, objetos e palavras que também enriqueceram os costumes e a língua: catana (katana), biombo (byobu), chávena (chawan, palavra sino-japonesa), quimono (kimono), nipónico (nippon), leque (das Ilhas Léquias), nandina ou avenca japonesa (nandin).

Foi a partir deste primeiro contato, no século XVI, entre Portugal e Japão, que o enriquecimento recíproco de culturas e povos tão distintos foi iniciado (curiosamente, Aveiro, cidade de onde escrevo esta crónica, é cidade irmã de Oita, na Ilha Kyushu, no Japão). Esta reciprocidade, tão enraizada desde há quase 500 anos, poderá, desejavelmente, constituir-se como um forte alicerce para um contínuo futuro de amizade e cooperação.

Ângelo Ferreira

A Nova Portugalidade agradece ao Professor Ângelo Ferreira a autorização para a publicação desta excelente síntese das relações entre Portugal e o Japão.

Endereço

Calcada Da Igreja De São Lázaro
Macau

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Domingo 14:00 - 22:00

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